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Chapecoense terá que pagar R$ 120 mil por cobrar passagem de repórter da Fox morto em acidente

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Publicado em 28/09/2021, às 12h03   Redação BNews


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A Chapecoense terá que pagar uma indenização de R$ 120 mil para a família do repórter cinematográfico do Fox Sports, Rodrigo Santana. O profissional morreu no acidente do voo 2933, avião que levaria o clube para a final da Copa Sul-Americana em 2016. 

Segundo informações, a família do repórter provou que a Chapecoense cobrou o valor da passagem para quem trabalhava na TV viajar na aeronave, que tinha como destino a Colômbia, palco da primeira partida da final da Sul-Americana contra o Atlético Nacional. 

Segundo resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Chapecoense não poderia cobrar passagem em um voo fretado particular. Apenas operadoras aéreas podem trabalhar com venda de bilhetes. A versão anterior é de que a Chapecoense convidou profissionais da imprensa para ir na comitiva que levaria o clube para a primeira final internacional. 

De acordo com o processo iniciado em 2019, ficou comprovado que a Chape era a única responsável pelo voo. Segundo os advogados da família, o pagamento da passagem no valor de 12 mil foi registrado por recibos de depósitos feitos pela Fox em nome do repórter cinematográfico. Em defesa, a Chapecoense afirmou que o valor foi devolvido para o Fox Sports.

A desembargadora Fernanda Fernandes Coelho, que analisou ocaso, deu razão para a família do repórter. 

"No presente caso, restou efetivamente demonstrada a presença de todos os elementos essenciais para configurar a responsabilidade civil objetiva da ré, quais sejam, o dano (morte do irmão do autor/apelado no acidente aéreo) e o nexo causal (que o falecimento se deu em razão da queda do avião)", avaliou. 

Nesse contexto e consoante os fatos apurados e provas coligidas aos autos, tem-se como adequada a verba compensatória no valor de R$ 120.000 (cento e vinte mil reais) determinada pela sentença recorrida, pois não é teratológica nem foge dos valores fixados nesta Corte, não sendo o caso de redução, pois não é excessivo, tampouco desproporcional", concluiu"

Principais envolvidas no caso, Chapecoense e Fox não falaram sobre o ocorrido.

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