Esporte

Precisamos melhorar muito para 2016, diz ministro do Esporte

Publicado em 13/08/2012, às 19h50   Redação Bocão News


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Se a meta do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foi alcançada em Londres, a do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não. O ministro, que tinha previsto que o Brasil alcançaria 20 medalhas na Olimpíada de 2012, cobrou um desempenho "muito melhor" dos atletas do país nos Jogos do Rio que serão realizados de 5 a 21 de agosto de 2016.

O Brasil conquistou na capital britânica um recorde de 17 medalhas, duas a mais que Atlanta-1996 e Pequim-2008, mas não conseguiu repetir o que a Grã-Bretanha fez nos Jogos de Pequim-2008, quando saltou das 30 medalhas em Atenas-2004 para 47 pódios e abriu caminho para terminar em terceiro lugar em casa nos Jogos que terminaram no domingo, com 65 medalhas (29 de ouro).

Apesar de ter feito a maior e mais cara preparação para uma Olimpíada --com mais de R$ 1 bilhão entre recursos do orçamento do Ministério do Esporte e da Lei Agnelo/Piva, além do patrocínio de empresas estatais diretamente às modalidades-- a delegação brasileira não conseguiu igualar na capital britânica o recorde de 5 medalhas de ouro, obtido em Atenas-2004, e ainda disputou menos finais do que na China: 35 contra 41.

"O governo fez um esforço, as empresas estatais que já vinham apoiando o esporte olímpico aumentaram o esforço nesses últimos 4 anos, e creio que haja uma recompensa daquilo que nós investimos, embora nós precisamos e podemos melhorar muito para 2016", disse Aldo a jornalistas em Londres, ao fazer um balanço da participação do Brasil nos Jogos Olímpicos.

O COB divulgou no domingo que a Lei Piva repassou R$ 331 milhões para a entidade e as federações prepararem os atletas para Londres nos últimos quatro anos. O valor tem descontados impostos e verba destinada às olimpíadas escolares e universitárias. No ciclo de Pequim-2008, o COB recebeu R$ 230 milhões.

Países como Austrália, Grã-Bretanha e Alemanha gastaram mais no atual ciclo, segundo o COB. Respectivamente, cerca de R$ 1,7 bilhão, R$ 2 bilhões e R$ 3,8 bilhões. O Brasil investiu quase R$ 2 bilhões no esporte neste ciclo olímpico. A cifra abarca o Bolsa-Atleta, repasses da Lei Piva, patrocínios estatais e recursos vindos diretos do governo.

"O que aconteceu foi uma pulverização dos países que ganharam medalhas. Não é algo que dá para comprar, senão iríamos à feirinha, já que aqui em Londres há tantas, e compraríamos um monte", disse o superintendente do COB, Marcus Vinícius Freire.
O COB quer, pensando em 2016, investir em esportes individuais, que acredita terem potencial, como canoagem, ciclismo BMX, boxe e ginástica. "Precisamos aumentar a cesta', criar novas chances de medalha. Apostaremos em 18 esportes para ver pelo menos 13 virarem", disse Freire.


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