O atacante tricolor Souza, em outros tempos já chamado de “showza” e até de “Caveirão Tricolor”, vive dias sombrios no Fazendão. Com um salário alto para as atuais possibilidades financeiras do Bahia, o atleta não vem justificando o investimento da diretoria, uma vez que agora é reserva de Obina e amarga uma sequência de problemas extra-campo. Tudo isto até passaria em brancas nuvens para ele não fossem as últimas notícias envolvendo os colegas.
Com a praticamente fechada chegada de Freddy Adu no time e a troca do americano pelo meia Kléberson – outro privilegiado semi-inativo jogador -, Souza passa a ter com o que se preocupar. Os dois ganham salário idêntico – aproximadamente R$ 180 mil – e a partida do pentacampeão foi expressamente para aliviar os cofres do clube. Se o Bahia mandou embora um jogador caro e que não ajuda o time, estaria próximo de fazer o mesmo com outro?
No ano passado, Souza foi um dos principais responsáveis por levar o Bahia ao título de Campeão Baiano. Com um início de temporada irrepreensível, marcou muitos gols e ajudou o time a ter por vários meses a marca de melhor ataque do Brasil, com números superiores até ao do Santos de Neymar. Porém, já no fim do torneio começou uma sequência preocupante de lesões que, graças ao restante do time, não impediu o Bahia de conquistar o caneco após um longo jejum.
As lesões, porém, marcaram o segundo semestre do Caveirão. No Brasileiro, Souza não foi muito aproveitado e, quando entrou em campo, não foi nem sombra do brocador do início do ano. Irritada, a torcida perdeu a paciência com o jogador e se acostumou ao fato de que no Bahia quem marcou gols mesmo no brasileiro foram os volantes. Souza até marcou gols no Brasileiro, mas a média muito inferior e a constante ausência por problemas musculares e suspensões por cartões o fizeram cair muito no conceito com a galera.
O último gol do atacante pelo Bahia aconteceu no dia 31 de janeiro, na derrota do Tricolor frente ao Ceará em casa pela Copa do Nordeste. No resultado de 2 x 1 para o Vovô, Souza deixou o seu, mas não foi suficiente. Desde então, caiu de produção nos treinamentos e Obina, ex-ídolo rubro-negro, abocanhou a vaga, ao lado de Adriano Michael Jackson Na vida pessoal, os últimos meses também não têm sido fáceis para o carioca de 31 anos.
Em setembro do ano passado, o jogador se envolveu em uma polêmica ao ser acusado por Adriele dos Santos Cerqueira de tê-la chutado violentamente em uma festa ocorrida na casa do atacante. Souza negou o fato e disse, com apoio de testemunhas, que foi vítima no caso e que a garota estava no local sem ter sido convidada e, embriagada, teria arranjado a maior confusão no local até ser posta para fora. Já no começo deste mês, o Caveirão foi parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro e multado por se recusar a fazer o teste do bafômetro. Insatisfeito, declarou no Instagram que foi prejudicado por uma “Lei Seca de merda”.
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