O radialista da Itapoan Fm, Edson Almeida, restreia como colunista esportivo no site Bocão News. Nesta nova edição, o comunicador fala de um assunto que vai tirar o sono de torcedores do Bahia e Vitória nas próximas semanas: BaVi.
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Logo na minha reestreia no “Bocão News”, vejo-me diante de uma decisão de campeonato, realçando-se a briga filosófica da mística do Bahia contra a lógica do Vitória. O Tricolor em má fase apelando para episódios passados, o Rubronegro em condições técnicas mais confortáveis colorindo seus anseios com tintas da melhor campanha não apenas nesta competição, mas, também, fundamentado nos resultados dos últimos 10 anos, em que conquistou sete títulos estaduais contra um do rival e dois de times do interior.A mística existe, mas a inteligência humana tem dificuldades em explicar. É sempre alimentada por uma grande crença ou pelo fanatismo, sentimentos resultantes de coincidências muito repetidas. O gol de Fito na falha de Gelson, o gol de Raudinei no último minuto de um título quase perdido...
A lógica é a organização coerente e estruturada do pensamento, do raciocínio ordenado pelos resultados concretos do planejamento, da eficácia catalogada através de dados cientificamente comprovados. Os últimos triunfos do Vitória nos dois clássicos realizados, a supremacia no início deste Século sobre o arquirrival.
Mas no futebol, é bem diferente do desempenho de executivos em empresas ou profissionais em quase todas as artes da vida. Há ingredientes que condimentam os jogos, principalmente os clássicos. Muitas vezes, o que não é favorito se agiganta e busca no fundo de suas forças a receita exata da superação. E neste caso, a mística pode se sobrepor à lógica.
Fica então assim, nesta nossa primeira conversa de reencontro: o Vitória joga sedimentado pela lógica de uma melhor campanha e um grupo de jogadores mais qualificado, e o Bahia tem como grande arma a mística de que é preciso não desperdiçar a grande chance de chegar à nova decisão.
Porque, na real, na real, o regulamento foi muito rigoroso contra a Juazeirense, que merecia disputar a taça. Afinal, contados os pontos dos que foram à semifinal, a Juazeirense fez 22, o Vitória 21, o Bahia 14 e o Juazeiro 10.
Como todos os dirigentes concordaram com os critérios agora tão discutidos, o mais lógico será encontrar uma fórmula mais coerente para o próximo campeonato."
