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Jornalista esportivo prevê decadência na carreira de Anderson Silva. Leia

Imagem Jornalista esportivo prevê decadência na carreira de Anderson Silva. Leia
Rodrigo Capelo direciona palavras duras ao lutador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/07/2013, às 20h07   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Para o jornalista esportivo da revista Época Negócios, Rodrigo Capelo, Anderson Silva passa – e ainda vai passar – por maus bocados. Em um texto o qual utiliza palavras duras ao lutador, ele resenha a luta no UFC 162 contra Weidman que aconteceu na noite de sábado (06). Segundo o jornalista, Anderson Silva pode perder importantes contratos publicitários por ter “brincado”, “provocado” e “humilhado” o adversário sendo, em seguida, nocauteado. Agora, o pepino sobrou para 9ine, agência de Ronaldo que dá conta da carreira do lutador. Veja o texto na íntegra:

De ídolo inconteste a piada. Anderson Silva conseguiu, no UFC 162, aos 38 anos, estragar uma carreira que construiu com muitas vitórias, suor e sangue derramado no octógono. Contra o americano Chris Weidman, o brasileiro provocou, brincou, desprezou, humilhou… E acabou nocauteado. Pode voltar a ganhar – até porque ainda tem contrato para várias lutas. Mas arruinou a imagem que construiu entre empresas e, principalmente, público brasileiro.
Ironicamente, quem abriu o NEGÓCIOS FC durante esta semana que antecedeu a luta viu a notícia sobre o Aranha ter entrado para as listas dos cinco atletas mais lembrados e admirados pelo brasileiro. O único que não joga futebol, atrás apenas de Neymar, Pelé, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Dois itens muito valiosos para companhias que procuram garotos-propaganda. Próximo da aposentadoria, Anderson teria uma pilha de dinheiro assegurada por muitos anos como rosto de marcas como as que investiram nele para esta luta.
Não será nenhuma surpresa, agora, se Burger King e Wizard tirarem do ar campanhas publicitárias que levem a imagem do ex-herói. Procter & Gamble e Unilever, então, que patrocinaram o lutador especificamente no UFC 162, certamente torcem para que ninguém se lembre que as marcas Vick e Axe, respectivamente, estiveram estampadas nos materiais esportivos do astro. Ninguém deve assumir publicamente, mas, aposte comigo, executivos dessas marcas não acreditam no que veem.
Sorte a do Corinthians por não ter renovado contrato com Spider. Uma marca, ao menos, se safou.
Anderson Silva não perdeu apenas o cinturão. O fim da invencibilidade e a derrota para Weidman, na verdade, não são os grandes desastres desta história. Ele perdeu a condição de ídolo.
Um atleta pode ser derrotado, em qualquer que seja o esporte, mas dificilmente mantém a admiração do público se mostrar um comportamento desrespeitoso. Se criar uma imagem de provocador, como fez Anderson até o UFC 162, ainda ganha a atenção de marcas que querem ser reconhecidas como tal. Se ainda tivesse demonstrado garra e esforço, deixaria o octógono com sua marca intacta. Mas não há empresa que queira se associar a arrogância, soberba, pretensão.
O Spider já provocou outros lutadores, dirão os fãs mais apaixonados. É verdade. Contra o também brasileiro Demian Maia, três anos atrás, Anderson bateu no peito, baixou a guarda, pediu socos. Mas ele contra-atacava. Diante de Weidman, apenas debochou. Até o fim do primeiro round, quando saiu em desvantagem, mas pareceu ter abalado o adversário psicologicamente, ainda era aceitável. No segundo, Anderson riu, dançou, humilhou e tomou pancadas de propósito.
Um desses golpes o derrubou de verdade.
Mais curioso é que, três anos antes, quando provocou Demian Maia, Anderson Silva se desculpou ainda sobre o ringue pela atitude. “Este não sou eu. Eu queria pedir desculpas a todos”, disse ao microfone. Desta vez, ignorou tudo o que fez, disse que Weidman passa a ser o melhor da categoria e abriu um sorriso amarelo na TV. Como se nenhum dos telespectadores tivesse assistido, quase torcendo para que o americano o acertasse logo e acabasse com aquela palhaçada, à luta inteira.
Mais um abacaxi para a 9ine. A agência de Ronaldo terá de descobrir como estancar a hemorragia na imagem do lutador: as piadas, as montagens, as acusações de armação e toda bobagem a que a internet dá direito. Como se a agência já não cambaleasse suficientemente.

Classificação Indicativa: Livre

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