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Ex-marqueteiro do Bahia detona gestão de MGF

Imagem Ex-marqueteiro do Bahia detona gestão de MGF
“Ficávamos em segundo plano mesmo”, desabafa Sacha Mamede  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/09/2013, às 08h03   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Sacha Mamede. Esse é o nome do homem que era o responsável por divulgar a marca Esporte Clube Bahia durante a gestão do ex-presidente – destituído do posto – Marcelo Guimarães Filho (MGF). Criticado por não conseguir alavancar o departamento de marketing, Mamede – que deixou o cargo junto com ex-gestor – resolveu falar e não poupou críticas á direção MGF.

Um dos pontos que mais teria prejudicado o marketing tricolor, segundo a analise de Mamede, foi a falta de investimento por parte da direção no setor. Questionado se teria faltado dinheiro para investimentos ele foi incisivo: “Em muitos momentos, sim. Várias vezes”, revelou para o Correio.

A declaração inicial do profissional foi seguido por um longo desabafo. “Se a gente tivesse condição, uma locação como na época em que eu trabalhava na Rede Bahia, por exemplo, seria mais viável. Quando eu trabalhei nessa empresa, a gente trabalhava em um setor onde aprovávamos um orçamento no final do ano para que, no ano seguinte, pudéssemos trabalhar em cima dessa grana, só que a gente não tinha essa grana No Bahia não teve esse equilíbrio financeiro. Até existia um planejamento, mas não havia uma conta efetiva no financeiro, com grana destinada ao marketing. O que eu fazia, era o seguinte: tem que fazer uma revista do Bahia. Eu que tinha que investir até o ganho institucional do clube, porque a revista obviamente tem que dar resultado. Institucionalmente, para a marca e para o clube, era interessante ter esse material, ter uma revista do Bahia, mas em determinados momentos, essa questão de necessidade e prioridade acaba passando por cima disso. Ficávamos em segundo plano mesmo”.

Outro ponto que foi alvo de reclamações por parte da torcida tricolor faz referência a falta de investimento na associação de novos sócios. “A gente tinha algumas amarras em relação a isso, até por questão de o estatuto não permitir diminuir o valor da joia ou de se abrir o clube como foi feito neste momento. Isso impossibilitava a gente de expandir mais  o número de associados. Além disso, eu acredito que pelo nosso estado ser muito pobre, isso pode não dar certo a longo prazo. Eu desejo que o número só cresça, mas quero ver quem vai ter condição de ficar pagando 40 reais todo mês. Ainda é cedo para avaliar, mas muita gente se associou em um momento de emoção, de mudança, tudo novo, das pessoas quererem  mudar, mas acho que nosso estado é pobre, nosso torcedor é um torcedor pobre também, que tem que arranjar grana para ir para o estádio, para comprar camisa... E esse torcedor pobre tinha que pagar R$ 300 reais pela joia... É, mas eu não tinha poder de mudar isso”.

Questionado sobre a falta de conhecimento do perfil do torcedor do Bahia. Mamede disse que os estudos eram feitos por páginas de relacionamento. “A gente fazia muitas pesquisas, muitas mesmo. Tudo via internet, Facebook, redes sociais”, e justificou o porque não fez um levantamento auditado por uma empresa durante os três anos que esteve na marketing tricolor. “A gente estava na iminência de fazer. Estávamos pensando em contratar uma empresa para isso, justamente porque lançamos nosso plano de sócios patrimoniais. Queríamos um instituto de pesquisa justamente para ter uma visão mais real do que vem pela frente, mas cai de novo na questão do que era  prioridade para o financeiro. Por exemplo, eu chego para o presidente e digo que precisamos de uma pesquisa que custa "X", mas tem o salário do jogador para pagar, que é sempre prioridade. A pesquisa acaba sendo jogada para depois”, criticou.

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