Os cartolas de Flamengo, Corinthians, Internacional, Atlético-MG e Coritiba devem bater hoje à porta de Luís Inácio Adams, advogado-geral da União. De acordo com o colunista Lauro Jardim, da Veja, acompanhada do deputado Jeronimo Goergen, a turma vai apresentar suas preocupações relacionadas às negociações para elaboração de um projeto que permita aos clubes sanar suas dívidas – astronômicas – com a União.
Vicente Candido já tem uma proposta de anistia dos débitos, que seriam perdoados em troca de prestação de serviços. Goergen diverge de Cândido e luta por uma solução menos condescendente, que exigiria o a quitação do passivo, mas com prazos alongados.
Goergen, com apoio de parte dos cartolas, discute a possibilidade de os clubes arcarem com parcelas mensais equivalentes a 3% do seu faturamento: os recursos sairiam direto da fonte pagadora para o caixa do governo, antes de bater na conta dos clubes; e quem não pagar a conta seria proibido de participar de competições.
Nem o torcedor mais ingênuo aposta 1 real sequer que um Corinthians, por exemplo, ficaria de fora de um campeonato importante por não estar em dia com a União, lógico. Mas se o governo acredita, tudo certo.
O texto deverá chegar ao Congresso ainda este ano. Goergen debaterá com Adams como resolver uma questão pendente: se a proposta for finalizada como se desenha hoje, clubes que já pagam suas dívidas corretamente serão prejudicados.
Goergen explica o que dirá a Adams:
- Se os tais 3% do faturamento forem revertidos para quitação desses débitos, o Inter, por exemplo, um dos que cumprem seus compromissos, vai desembolsar mais do que hoje. Ou seja, acabaria punido pela lei que está sendo feita para sanar os clubes. Vamos buscar com Adams alternativas de ajustes, para se chegar a algo mais redondo.
Fonte: Lauro Jardim / Veja
