Esporte

Caso Léo: “É uma ação descabida, uma litigância de má fé”, dispara Falcão

Imagem Caso Léo: “É uma ação descabida, uma litigância de má fé”, dispara Falcão
Presidente do Vitória revela detalhes de transação e diz que irá tomar providências  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/03/2014, às 06h14   Leonardo Santana (Twitter: @leosouzasantana)


FacebookTwitterWhatsApp

A ação movida pelo Atlético-PR por conta da transferência do lateral-direito, Léo, que exige o ressarcimento do dinheiro que foi pago ao Vitória, cerca de R$ 1,5 milhão por 50% dos direitos econômico, irá gerar outro processo, desta vez do Leão contra o clube paranaense. Em entrevista exclusiva ao Galáticos Online, o presidente rubro negro, Carlos Falcão, explicou todos os detalhes da negociação do jogador com o Furacão, com o Flamengo e quais atitudes serão tomadas daqui para frente.

“Houve um pagamento pela aquisição de 50% dos direitos econômicos do jogador. Quando o Vitória celebrou o contrato de empréstimo, ele garantiu ao Atlético o direito de preferência de comprar 50% do jogador por R$ 1,5 milhão. O Atlético exerceu esse direito e depositou R$ 1,5 milhão pela aquisição de 50% dos direitos econômicos. Porém, o Atlético não fechou o contrato com o jogador e o jogador preferiu ir jogar em outro clube, no caso o Flamengo. O Vitória então vendeu os outros 50% que tinha para o Flamengo. Uma transação normal, inclusive no mercado, porque, por coincidência o próprio Vitória e o Atlético-PR têm Dinei, onde cada um detém 50%. Tem centenas de exemplos de jogadores que os direitos econômicos pertencem a mais de um clube e foi o que aconteceu”, contou o dirigente.

O mandatário rubro negro revelou a postura que adotou após negociar Léo com o Flamengo. “Posteriormente a este negócio que fizemos com o Flamengo, o Atlético entrou em contato por escrito conosco, pedindo a rescisão dessa compra, ou seja, anulação deste negócio e o dinheiro de volta. O Vitória entende que pode até, e não se colocou contrário a isso, negociar com o Atlético de forma muito tranquila e recomprar estes 50%. Até porque, entendemos que o valor devido eram R$ 2 milhões de reais, porque o contrato previa que o Atlético tinha que pagar pelos 50% a melhor proposta que tínhamos e a melhor proposta que tínhamos era de R$ 2 milhões”, disse.

Em seguida, Falcão relatou detalhes da transação com o Atlético-PR. “Então, o Atlético depositou apenas R$ 1,5 milhão, nós notificamos o Atlético que faltavam ainda R$ 500 mil. Eles não depositaram os R$ 500 mil. Depois pleitearam a devolução do que tinha pagado de uma operação já realizada, isto é, é como se você comprasse um bem qualquer e lá na frente você desistisse do negócio e viesse querer seu dinheiro de volta. O Vitória não se furtou em nenhum momento a negociar, de repassar para eles o 50% dos direitos econômicos, desde que eles completassem o valor. Resumindo eles fizeram um negócio, não tiveram a habilidade ou não chegaram a um acordo com o atleta, coisa que o Vitória não tinha participação nenhuma. A negociação foi dos direitos contratuais e é feita diretamente do Atlético com o jogador e eles não fecharam isso. Como não conseguiram ou não quiseram finalizar o contrato de trabalho com o jogador vieram, somente depois, para cima do Vitória, para querer o dinheiro de volta”.

Segundo o presidente do Vitória, o clube não é obrigado a devolver a quantia ao Furacão. “Contratualmente, não existe nenhuma cláusula no contrato que determine a devolução do dinheiro em caso de arrependimento. O Atlético adquiriu os 50%, não pagou o que devia por estes 50% e agora se acha no direito de cobrar do Vitória uma negociação contratual correta que foi a venda dos 50%. O Vitória tem a obrigação, se caso eles depositem os R$ 500 mil, instrumentalizar, formalizar, a transferência dos seus 50% para o Atlético, que não fez porque eles não pagaram”, revelou o dirigente.

Falcão mostrou ainda indignação com a ação movida pelo clube paranaense e prometeu que as devidas providências serão tomadas pelo Vitória. “Entendemos essa ação como totalmente descabida, uma litigância de má fé. Iremos nos defender para provar que o Vitória obedeceu todo o rito estabelecido no contrato. O Vitória não se recusou a renegociar e até permanecer com os 50%, porque entendemos que o valor que foi pago foi muito pouco pelo jogador, mas mesmo assim entendendo que o valor era pouco, cumprimos o contrato e colocamos a disposição deles esse percentual desde que eles complementassem o valor. Nossos advogados estão instruídos para, inclusive, nessa defesa, buscar o ressarcimento moral, material, a indenização, pela ação indevida que estão movendo contra o Vitória. A Justiça irá no futuro mostrar quem está com razão, se o Vitória ou o Atlético”, finalizou o presidente rubro negro.


Publicada no dia 10 de março de 2014, às 14h03

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp