Esporte

“Tem que trocar cadeados e fechaduras no TJD”, relata auditor

Publicado em 14/03/2014, às 06h26   Redação Galáticos Online


FacebookTwitterWhatsApp

Convidado especial do programa Galáticos na TV na tarde desta quinta-feira (13), o auditor do Tribunal Pleno e ex-presidente do órgão, Domingos Arjones, comentou sobre uma possível paralisação do Baianão 2014 devido à confusão na eleição do procurador geral.

“O problema é que não tenha uma formação do segundo grau dos processos que estão em graus de recurso na Bahia não possam ser julgados em virtude de ausência de um Tribunal efetivamente composto com todos os seus membros. A gente defende que o campeonato perdure, a legalidade, mas, sobretudo o que a gente defende é a independência do Tribunal. O Tribunal precisa ser independente, precisa sair da Federação Bahiana de Futebol. Hoje o STJD é fora das dependências da CBF. Na Federação Paulista de Futebol, se não me engano, o Tribunal também é fora, então a gente precisa dar esse passo importante”, esclarece Arjones.

O auditor explicou a situação em que se encontra o Tribunal de Justiça Desportiva, localizado no mesmo prédio da Federação Bahiana de Futebol (FBF). “Inclusive, pelo ato baixado pelo corregedor, que hoje é o atual presidente em exercício, João Paulo, há um ato mandando trocar cadeados e fechaduras dentro da Federação, dentro do Tribunal, na secretaria porque estavam desaparecendo documentos. Então, como é que a gente vai viver num clima de desconfiança. A gente não sabe o que está acontecendo. O Tribunal precisa ser independente para julgar. A Federação não tem recursos para manter o Tribunal fora do prédio dela, mas tem recursos pra trazer um procurador de Minas Gerais toda semana para ficar defendendo os interesses do futebol baiano? É uma contradição isso”, revelou.

Em relação à desistência de dois candidatos à procuradoria geral, Arjones foi enfático “A informação que tivemos é que estes dois chegaram lá, os dois que renunciaram e disseram que não sabiam nem quais os motivos que estavam levando a participar daquela disputa. E o terceiro, que é esse cidadão que veio de Minas Gerais, disse que veio porque foi indicado por pessoas STJD. Eu não posso acreditar que o STJD esteja querendo criar interferência dentro do Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia indicando cargo de procurador de um cidadão que é de Minas Gerais, sendo que a Bahia é uma terra que se notabilizou no Brasil gerando grandes juristas. Aqui temos pessoas preparadas que podem assumir a função sem problema nenhum, dentro da própria procuradoria, temos uma gama de advogados que podem exercer essa função. Então eu acho que a Federação agindo dessa forma gera uma resposta indigna a justiça desportiva baiana”, relatou o advogado.

Pra finalizar, o auditor revelou quais serão as próximas atitudes a serem tomadas. “O próximo passo é recompor a composição desse Tribunal e a gente tentar finalizar os trabalhos desse mandato que finaliza em um ano e tentar resgatar a dignidade e a independência desse Tribunal saindo do prédio da Federação Bahiana de Futebol”, disse.


Publicada no dia 13 de março de 2014, às 16h44

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp