Bahia, Santos e Pelé: histórias que se misturam

Bahia e Santos vão se encontrar novamente na Copa do Brasil. Dessa vez, o duelo é válido pelas quartas de final do torneio, que provavelmente acontece nas datas 17 e 31 de maio. Clubes tradicionais no cenário nacional, o Bahia tem histórias que se confundem com o Santos e com o Rei do Futebol, o Pelé. 

A começar pelo primeiro campeão brasileiro da história. Em 1959, o Bahia comemorou o primeiro título conquistado em solo nacional contra o Santos de Pelé, Pepe e Coutinho. Já parou para pensar neste feito? Foram três jogos, sendo um 3 a 2 para o Esquadrão na Vila Belmiro, um 2 a 0 na Fonte Nova com um gol do Rei, e para finalizar a série, o Bahia contou com a ausência do Rei Pelé, que estava machucado e venceu o Santos por 3 a 1. 

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A amarga derrota para o Tricolor da Capital soteropolitana foi descontada nas finais de 1961 e 1963, temporadas que o Santos levou o título em cima do Bahia. Em 61, o Bahia empatou em 1 a 1 na Fonte Nova, mas foi goleado por 5 a 1 na Vila Belmiro. Pelé fez três.

Pelé e a Bahia

A história registra que a primeira vez que Pelé enfrentou o Bahia foi em 1957, quando ainda tinha 16 anos. O jogo foi um amistoso realizado em Salvador e o Tricolor venceu por 2 a 1. 

Não se sabe porque, mas Pelé amava a Bahia e em 1971 circulou um conto que ele defenderia as cores do Esquadrão. O responsável pela “traquinagem” foi o próprio Pelé, que era amigo do radialista França Teixeira e concedeu uma entrevista informando que iria atuar no Bahia. 

"Na verdade, foi uma brincadeira que nós fizemos, porque eu estava sempre na Bahia nessa época. Eu tinha um sócio que também foi presidente do Bahia, o Sr. Alfredo Saad, que já faleceu e até hoje a sua esposa Margarida é minha grande amiga e mora na Bahia. Eu amo a Bahia e tenho muitos amigos baianos e tenho mil histórias como esta para contar. Envie um abraço a todos os meus irmão baianos", revelou Pelé ao Ibahia Esportes. 

Esse amor pela Bahia foi retratado, 1971, na estátua no entorno do estádio da Fonte Nova. A estátua é  em bronze com a Taça Jules Rimet, conquistada por ele três vezes: 1958, 1962 e 1970. A obra é da artista plástica Lucy Viana Medina. E foi restaurada pela artista plástica Márcia Magno, com apoio da Fundação Gregório de Matos, e voltou à Ladeira da Fonte Nova em 2013, quando foi reinaugurada durante um Santos x Bahia.

Alías, foi contra o Bahia que o Rei quase anotou o milésimo gol. O feito foi impedido por duas figuras históricas do Esquadrão, o zagueiro Nildo Birro-Doido e o goleiro Jurandir Salvador."Eu estava disposto a complicar a vida dele. Quando eu entrei em campo, eu falei direto com ele: "Em mim você não faz", lembrou o goleiro, em matéria produzida pelo ge em 2019.

Recentemente, o perfil do Bahia homenageou o zagueiro Nildo Birro-Doido, fazendo referência ao lance que não permitiu que o Rei marcasse. 

Pelé, aqui não! 😜

Fazendo aniversário hoje, numa Fonte ainda só com um lance de arquibancada, em 69, o santista buscava seu famoso milésimo gol contra o Bahia. Mas o zagueiro Nildon Birro-Doido salvou em cima da linha. Sem vaias, ao contrário do mito criado, mas festa da Nação! pic.twitter.com/iGBBO0wqph

— Esporte Clube Bahia (@ecbahia) November 16, 2022