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“A gente não sabia o que era perder para o Vitória”, diz Zé Carlos, ídolo do Bahia

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Ele teve uma trajetória que foi de torcedor de arquibancada a ídolo do clube  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ Galáticos Online

Publicado em 07/02/2020, às 21h28   Galáticos Online


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Muitos só lembram do ex-atacante pelo brilhante título nacional de 1988, mas Zé Carlos também foi tricampeão Baiano pelo Esquadrão. E teve uma trajetória que foi de torcedor de arquibancada a ídolo do clube.

Zé nunca negou seu amor pelo Bahia, algo que ele guarda até os dias de hoje. Em entrevista exclusiva ao Galáticos Online, ele relembra da rivalidade entre a dupla Ba-Vi.

"A rivalidade sempre existiu, desde quando eu ia para a Fonte Nova com meu pai. Depois eu tive o prazer de viver esses momentos de rivalidade dentro de campo. O bom é que o Bahia não perdia quase nada, a gente entrava em campo e o Bahia não perdia Ba-Vi, e olha que eram quatro turnos e mais uma final. Então toda semana tinha Ba-Vi, e era nesses jogos que eu ganhava dinheiro. Eu praticamente não recebia salário, então o dinheiro que ganhava era quando a gente não perdia os BaVis. Eu tinha uma caderneta de poupança que sempre eu colocava dinheiro, e no BaVi era festa, era alegria porque a poupança ficava cheia".

O grande clássico tinha um gosto especial para ele. "Quando você tem a possibilidade de estar dentro do campo, realmente vivendo aquela emoção que você sentia antes, na arquibancada, é uma coisa muito legal de viver. Eu tive a oportunidade de estar vivendo essa emoção dentro e fora de campo, como torcedor e jogador. Eu posso ter o prazer de falar que joguei o clássico no time do coração", comentou.

 Ele lembra também que vencer o clássico era uma constante e destaca: "Eu sempre vencia, ao ponto de ser o último tricampeonato Baiano, sempre como titular, algo que é marcante até os dias de hoje". O ex-atacante fez questão de destacar um clássico que jogou contra Evaristo de Macêdo, quando o técnico treinou o Vitória.

"Evaristo naquela época já usava a questão psicológica e disse que se jogasse contra o Bahia, ele treinando o Vitória, daria de cinco no Bahia. E o que aconteceu? O Bahia goleou o Vitória por 5 a 0. Foi um jogo em que fizemos tabelinha dentro da área deles, e teve jogador pedindo pra nós aliviarmos. Foi um clássico marcante, porque você golear o rival, sendo peça fundamental é memorável e marcante", destacou.

Zé Carlos é um dos grandes ídolos da história do Tricolor de Aço. Começou a carreira no próprio Bahia, onde fez história com o título Brasileiro de 1988, e também foi tricampeão baiano. Por onde Zé Carlos passou, conquistou. No Internacional, foi campeão gaúcho. No Atlético-MG, ele ganhou o campeonato mineiro duas vezes e a copa Conmebol. Ele teve passagem também pela seleção Brasileira em 1989.

Classificação Indicativa: Livre

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