Esporte

Jogador tenta mobilizar capitães dos times da Série A em prol da paralisação do Brasileirão

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O camisa 10 revelou a iniciativa através de um grupo do WhatsApp com outros jogadores  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 09/05/2024, às 18h50   Melissa Lima



Nenê, camisa 10 do Juventude, iniciou um movimento conjunto com os capitães das outras 19 equipes da Série A para cobrar a paralisação do Campeonato Brasileiro, em virtude da tragédia no Rio Grande do Sul. A CBF, até então, decidiu apenas pelo adiamento dos jogos dos times gaúchos por 20 dias.

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O meio-campo deu detalhes sobre a iniciativa durante uma entrevista ao canal TNT na última terça-feira (07). Ele revelou que havia feito um primeiro contato a partir de um grupo de WhatsApp, criado antes do início do Brasileirão.

"Fiz um texto e mandei no grupo de capitães dos clubes da Série A. Antes do campeonato, tivemos uma reunião com a CBF, envolvendo todos. E agora tentei dar esse start. Temos uma força muito grande e, se a gente se unir, podemos fazer algo para ajudar. Vamos buscar essa mesma direção. Eu imaginei que a CBF iria paralisar o campeonato. Como teve a reunião e não houve esse consenso, tentei falar com os capitães e mudar a rota. Tem cidades que ainda estão sendo inundadas agora, caso de Pelotas. Não tem clima nenhum", afirmou.

O repórter Eduardo Gabardo, da Rádio Gaúcha, disse que grande parte dos capitães prestaram solidariedade após a manifestação de Nenê. Apesar disso, nenhuma medida concreta, como a elaboração de um documento oficial pedindo a paralisação da competição, foi realizada. 

"Já tivemos conversas ontem (terça-feira) com alguns jogadores e disseram que eles não estão na nossa pele, digamos assim, que não estão perto da situação, vivendo realmente isso. Então, com certeza, o que a gente puder estar direcionando, e alguns já estão de acordo ou tentam fazer alguma coisa para que possamos ajustar isso daí, tentar a paralisação, pois eles estariam conosco", contou Nenê.

Para o camisa 10, a tragédia que acomete o Rio Grande do Sul requer uma mobilização ainda maior. Muitas cidades ainda estão completamente submersas e o estado já confirmou mais de 100 mortes, além de milhares de desabrigados. Em Porto Alegre, os centros de treinamento e estádios de Grêmio e Inter foram atingidos pela enchente.

"Por mais que a chuva parou um pouco, o nível da água está muito alto, a destruição foi muito grande. Então, gostaria de ter esse momento para fazer um apelo, juntar os clubes e tentar parar. A vida vai além do futebol e não estou com clima nenhum para jogar e treinar. Por mais que a gente faça muitas coisas para ajudar, estão vindo doações do Brasil inteiro, nos sentimos impotentes", destacou Nenê.

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