Esporte

Justiça marca audiência para discutir comissão de R$ 15 milhões de Gabriel Jesus

Reprodução CBF/ Lucas Figueredo
O jogador alegou que não deveria ser réu no processo  |   Bnews - Divulgação Reprodução CBF/ Lucas Figueredo

Publicado em 10/10/2022, às 11h14   Redação Bnews


FacebookTwitterWhatsApp

A Justiça de São Paulo marcou para o próximo dia 27 de outubro uma audiência de um processo milionário envolvendo o atacante Gabriel Jesus, seus empresários e dois ex-treinadores, que alegam ter indicado o atleta ao Palmeiras, ainda criança, e feito um acordo com os agentes.


A dupla tenta receber uma fatia da comissão paga aos empresários de Jesus na venda ao Manchester City, acertada, em 2016, em 4 milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões à época, que atualizados chegam próximos a R$ 30 milhões).


Eles alegam que deveriam ter recebido metade do montante, como havia sido apalavrado antecipadamente, mas só ficaram com R$ 200 mil cada. Então, em 2017, abriram uma ação cautelar preparatória de exibição de documentos.


Esse processo foi arquivado e deu origem a uma nova ação, uma cobrança por indenização com danos materiais, em que foi solicitado o pagamento de parte da remuneração decorrente de comissão ou participação em direitos econômicos na negociação.


A causa tem o valor de R$ 2 milhões, que, atualizados, chegam a R$ 4 milhões, mas os valores pleiteados no processo podem ser ainda maiores, já que na petição eles pedem 50% da comissão obtida e ainda danos materiais.


A ação foi aberta contra os empresários Cristiano e Ricardo, a empresa CR Sports e também o próprio Gabriel Jesus, e corre na 36ª Vara Cível de São Paulo.


Em contestação, os empresários alegam que os valores pagos já foram justos, além de que os pedidos feitos pelos treinadores já foram discutidos em processos anteriores, pedindo pela extinção da ação.
Gabriel Jesus, por sua vez, se manifestou no processo no fim do ano passado, após os autores do processo pedirem por sua citação em concentração e treinos da Seleção Brasileira em São Paulo, o que foi negado pelo juiz.


O jogador alegou que não deveria ser réu no processo, pois a parceria dos treinadores foi feita com seus empresários, não com ele, que desconhecia o acordo.


Também disse que, quando conheceu os autores, ainda era criança e não entendia o mercado esportivo e seus direitos. Jesus disse que recebeu o processo "com espanto" e que jamais assumiu nenhuma obrigação financeira.


A juíza Thania Cardin entendeu que existe, em tese, a existência de um vínculo entre as partes, assim como um conflito de interesses, e marcou a audiência, que será no próximo dia 27 e vai contar com os dois treinadores e os dois empresários de Jesus.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp