Tite afirma que não irá a Brasília após a Copa: "Nem ganhando, nem perdendo"

O treinador da seleção brasileira, Tite, voltou a afirmar que não irá visitar Brasília após a Copa do Mundo deste ano, independentemente do resultado de seu time e do presidente que estiver no mandato.

Em entrevista ao GLOBO, Tite explicou que já vem falando isso desde que o presidente do Brasil era Michel Temer. “Eu não vou, nem ganhando nem perdendo. A seleção pode ir e eu não vou. É uma questão pessoal. E ela não depende de quem vai ganhar a eleição. Eu falei isso (pela 1ª vez) quando era o Michel Temer presidente. Não me sinto confortável, não é o meu chão”, afirmou.

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Ainda sobre o viés político envolvendo a seleção, o treinador afirmou que não existe nenhuma diretriz da CBF para os atletas e comissão técnica da seleção em relação a posicionamentos políticos.

Sobre a resistência de alguns torcedores em utilizar a camisa amarela da seleção, devido à sua representatividade junto ao candidato Jair Bolsonaro, o treinador disse que não se posiciona sobre o fato. “Eu digo para você: pega essa torcida e deixe que ela fique com essa batalha. Eu não luto essa batalha”, disse.

Para finalizar o assunto, o treinador afirmou que o momento político mais difícil que passou à frente da seleção foi na Copa América de 2021, onde os atletas e a comissão pediram para que a competição não acontecesse, devido à pandemia da Covid-19, mas mesmo assim o torneio foi realizado.

“Eu temi a reação das pessoas na Copa América (em 2021), por causa da Covid-19. (...) Nós fizemos uma reunião com o presidente da CBF, eu, seis atletas e o Juninho (coordenador de seleções). Foi unânime o pedido de não realização. Eu, Neymar, Alisson, Danilo, Casemiro, Marquinhos e Thiago Silva. Pedimos: “não façam, por favor”. Eu encabecei e fiz o pedido, porque não havia atmosfera humana. Então, quando há necessidade de se posicionar, a gente faz. Às vezes, sem o devido alarde. Ninguém deixou de se posicionar”, falou Tite.