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Empresária Isabela Suarez realiza congresso com participação expressiva de mulheres

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Publicado em 23/05/2023, às 07h00 - Atualizado às 07h20   Bruna Varjão



Empresária Isabela Suarez realiza congresso com participação expressiva de mulheres

“Eu tento fazer da minha condição de privilégio uma oportunidade para quem não consegue”

As mulheres marcaram presença no 1º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, realizado na última quinta-feira (18), em Salvador. Ao longo dos dois dias de evento, muitas temáticas foram discutidas. Quando a abordagem é ambiental, o empresário normalmente é colocado numa situação de desconfiança como se ele fosse apenas um agente causador de impacto. “É óbvio que ele é causador de impacto, mas com o impacto, vem também a compensação. Existe uma diferença entre dano e impacto. Dano é irreparável. Impacto é compensado”, explicou a advogada e empresária Isabela Suarez. Sobre a participação das mulheres, Isabela ressalta que o caminho é árduo pela própria condição de gênero. “Eu tento fazer da minha condição de privilégio uma oportunidade para quem não consegue”, relata. Isabela, que é presidente da Fundação Baía Viva e coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade da Associação Comercial da Bahia, ainda acrescenta: “Eu não lembro, nos últimos cinco anos, de ter acontecido um evento que abordasse a pauta ambiental a partir de uma perspectiva de empresários. Então, eu acho que esse é o propósito da Associação e fico feliz como mulher em conseguir abrir esses caminhos e incentivar que outras mulheres também participem.”


Para a mulher ser respeitada, é preciso que ela seja séria?

Para a advogada Juana Novais, o Direito hierárquico, de ‘Vossa Excelência’, a cada dia se distancia do coração das pessoas, das partes

É importante conquistarmos espaços, respeitando a nossa identidade. Para isso, é preciso caminhar com autenticidade, espontaneidade, trazendo a ancestralidade e os valores que nos guiam. Mas sabemos que, para as mulheres, há uma imposição, sobretudo em ambientes profissionais conservadores, que acabam fazendo com que muitas transformem suas personalidades para serem aceitas. O dress code, por exemplo, quando existe, sempre pesa mais sobre a mulher. Para a advogada Juana Novais, a hierarquia no Direito, o uso de ‘Vossa Excelência’, é importante, mas a cada dia se torna algo que distancia o coração das pessoas, das partes. “O que soluciona, traz acordo, é a proximidade. Eu não digo uma proximidade informal, de qualquer jeito, nada disso. Falo de humanidade. Saber que as pessoas estão ali para resolver um problema e não para se sentirem superiores ou inferiores a alguém. Se para solucionar o caso, eu preciso me apresentar como Juana, ou apenas como Ju, tudo bem, eu não faço questão do ‘doutora’”, explicou a advogada.


Divórcio: independência financeira foi meu porto seguro

Um primeiro passo para não ser dependente de um ex-parceiro ou dos pais

A empresária Jéssica Varjão considera o marco de sua independência financeira o momento em que saiu da casa dos pais, aos 24 anos. A experiência adquirida ao longo do tempo a fez enxergar a importância de ter uma vida financeira saudável para alcançar metas, reduzir o estresse e garantir segurança no futuro. “Acredito que a organização financeira pode ser um primeiro passo para não ser dependente de um ex parceiro ou dos pais, por exemplo”. Ela aconselha a elencar receitas e despesas e analisar se as receitas superam as despesas. A partir daí, traçar metas para ajustar o seu orçamento familiar. Esse interesse em aprender a organizar os gastos desde cedo ajudou Jéssica a sempre manter o equilíbrio nas contas e também a fazer investimentos. “Estudo sobre o mercado financeiro e tenho como meta destinar 10% da minha renda mensal para realizar investimentos. Desses 10%, deixo uns 7% em investimentos com baixo risco e alta liquidez e uns 3% em investimentos com maior risco, porém com mais rentabilidade”, revela.


A modelo, influenciadora e videomaker Drica Quintiliano

Uma história de luta e superação

Drica Quintiliano tem uma história de luta e superação para inspirar outras mulheres. A modelo, influenciadora e videomaker, natural de Feira de Santana e hoje moradora de Salvador, conta como seu caminho mudou, após participar do programa Encontro, na época com a apresentadora Fátima Bernardes. Após se formar em design de interiores e passar por cursos de moda, começou a divulgar os trabalhos nas redes sociais, até ser convidada para o programa. Drica deixou um abrigo de órfãos aos 18 anos e exerceu diversas profissões. Ela já foi babá, garçonete, secretária, auxiliar de cozinha e vendedora. Venceu os obstáculos para chegar onde chegou e se sente realizada com os trabalhos que desempenha. “Sou uma mulher muito determinada, não desisto fácil dos meus objetivos. Passei por muitas coisas ruins na vida, e mesmo assim persisti em seguir os meus caminhos até consegui realizar os meus sonhos”.


Mulheres empreendedoras precisam estar abertas a experiências

"É importante se colocar numa posição de vulnerabilidade"

A empresária baiana, Maria Brasil, é uma das participantes do programa de capacitação empreendedora do governo norte-americano, o YLAI - Young Leaders of America Initiative. A programação reúne 280 líderes de várias partes do mundo, que farão uma imersão de 2 meses vivenciando organizações. A partir da experiência, ela avalia os desafios enfrentados por muitas mulheres empreendedoras. “É importante se colocar numa posição de vulnerabilidade, afinal, você se dispõe a sair do seu país, viver em uma nova casa, interagindo com outras pessoas, com costumes diferentes, falando um idioma estrangeiro”. Maria Brasil relata que para dar esses passos, acredita em três camadas: ecossistema de relacionamentos, disponibilidade e mindset. Ou seja, network para se conectar com quem potencialize a sua trajetória; disponibilidade para ficar longe de casa, da família e dos amigos; e mindset voltado para aproveitar ao máximo a experiência.

Classificação Indicativa: Livre

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