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Não ter filhos: você já se sentiu criticada por outras mulheres?

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Coluna Fatos & Pitacos vai ao ar toda terça-feira no site BNews, por Bruna Varjão  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/04/2023, às 12h03   Bruna Varjão


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Não ter filhos: você já se sentiu criticada por outras mulheres?

Existe uma tendência cada vez maior de assumir o rótulo “livre de crianças”

Uma pesquisa aponta que 37% das brasileiras estão desistindo da maternidade. O levantamento foi feito pela farmacêutica Bayer com o apoio da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e do Think About Needs in Contraception (TANCO). Qual seria a razão para outras mulheres criticarem essa decisão tão individual? Muitas vezes, uma amiga ou familiar exerce uma carga negativa nas mulheres que não querem ter filhos. Essas pessoas acham que a razão de não desejar a maternidade vem de uma frustração, fracasso, ou infelicidade, quando, na verdade, não entendem que pode ser o oposto. Não se trata de destino ou obrigação social. Muitas escolhas são conscientes, seguras e felizes. Decidir não ter filhos não é uma novidade, mas existe uma tendência cada vez maior de assumir o rótulo “livre de crianças” e discutir mais abertamente essa escolha.


A moda e seu cenário de contradições

Movimentos opostos coexistem; falta posicionamento

A moda mundial vive um cenário de contradições, apresentando movimentos opostos como o mercado de segunda mão e o crescimento das redes fast fashion. Falta à indústria a realização de ações que dialoguem entre si. Movimentos como o Fashion Revolution, que começou ontem (24), trazem um posicionamento único, reforçando a importância da moda consciente. Eu sinto falta de convergência, alinhamento. De uma cultura que contagie toda a cadeia produtiva, desde os grandes nomes até pequenos produtores. O que eu penso? Acredito que a moda tem um papel social, mas isso não significa carregar o peso de consertar o mundo. Gosto de pensar que aquilo que vestimos deve priorizar conforto, não importa se maxi ou minimalista. Vamos também lembrar que a moda carrega o poder de elevar autoestima e hoje as classes mais baixas também conseguem se expressar e discutir tendências. E, acima de tudo, moda é liberdade e identidade. Não tem que fazer sentido.


Você segue as tendências?

Essa influência pode acabar suprimindo a forma de você expressar sua personalidade


Certamente, você conhece alguém que está sempre se vestindo com as trends do momento. Até aí, tudo bem. Mas, essa influência pode acabar suprimindo a forma de você expressar sua personalidade. Inclusive, hoje em dia há uma rejeição à palavra ‘tendência’ porque inevitavelmente trata-se de seguir ou comparar-se a alguém. Ao seguir tendências, muita gente não sabe como incorporar as peças, senti-las, vivê-las. As pessoas passam a se vestir sem considerar a usabilidade da roupa, resultando em looks desconfortáveis e impróprios e, o pior, longe da própria essência. Não é positivo ver uma identidade completamente desconstruída pelo desejo de ser notada ou engajada na rede social, por exemplo. Existir conforme nossos referenciais é sempre a melhor escolha.


Diversidade em pauta

Vogue Britânica emplaca 5 capas com pessoas portadoras de necessidades especiais

Sempre importante destacar trabalhos que prezam pela diversidade, especialmente quando se trata de veículos tradicionais que, por anos, comunicaram apenas pessoas que se encaixam no padrão vendido pela mídia. Dessa vez, a Vogue Britânica chamou minha atenção. A publicação emplacou 5 capas com pessoas portadoras de necessidades especiais. E não estou falando de data comemorativa como formas de levar conscientização à população. Uma iniciativa que mostra que diversidade é a pauta do momento, afinal, representatividade importa. A edição de maio da Vogue Britânica traz ainda 19 personalidades em diversas áreas de atuação que se destacam independente de suas condições.


Divisão de tarefas entre o casal

Respeitar as habilidades de cada um e até mesmo os gostos, pode ser um caminho

Na vida a dois sempre vai existir um lado mais organizado. Para que essa combinação de extremos não entre em conflito é necessário diálogo e planejamento, para que o lado organizado não se sobrecarregue, o que pode gerar um desgaste na relação. Criar rotina de tarefas, conforme as habilidades de cada um e até mesmo os gostos, pode ser um caminho para encontrar, além do equilíbrio, a harmonia. A divisão pré-acordada faz com que ambos se comprometam com as suas obrigações e saibam exatamente quais são suas tarefas na rotina. E não precisamos falar de tarefas complexas: tirar uma toalha molhada da cama, retirar o prato da mesa, descartar o lixo. É só conversar, definir e agir.

Classificação Indicativa: Livre

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