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Samu pede socorro na Bahia

Imagem Samu pede socorro na Bahia
Jornal da Metrópole denuncia serviço precário e bases insalubres   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/04/2011, às 09h47   Rafael Albuquerque




Há muito tempo a imprensa notícia a péssima situação de trabalho dos funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador. Os trabalhadores, que atendem a mais oito municípios na região metropolitana, sofrem uma série de necessidades que culminaram no movimento grevista que paralisou as atividades do serviço em 23 de fevereiro, e que foi considerada ilegal pela 7ª Vara de Fazenda Pública, conforme afirma matéria publicada no Jornal da Metrópole desta sexta-feira (8). Os funcionários pedem a realização de concurso público – já que eles trabalham com contratos temporários –, melhores salários e maior quantidade de médicos. Somente em dezembro de 2010, dez médicos se demitiram.

Na base de Periperi, que funciona no Posto de Saúde Aldroaldo Albergaria, a situação é bastante complicada. “Os pombos fazem uma sujeirada na janela da cozinha. Ficamos com medo que as fezes deles contaminem nosso tanque de água”, conta a enfermeira Valda Barreto. Na base de Roma, por exemplo, o condutor motociclista Marcelo Carvalho diz que às vezes falta material essencial, como compressas, fita de glicemia e luvas tamanho G.

A situação também é complicada na Central e nas 15 bases do Samu, que são ‘emprestadas’ por postos de saúde ou empresas privadas. Os funcionários reclamam dos equipamentos quebrados e da falta de estrutura para os plantões de 24h. “A gente tem péssimas condições de mobiliário, apesar de ter sido solicitado quando nos mudamos para cá”, revela a médica reguladora Valéria Macedo.

Ivan Paiva, coordenador do Samu, afirmou à publicação que o atendimento seria ideal se houvesse 140 médicos e mais 50 condutores socorristas e técnicos em enfermagem. Hoje são apenas 70 médicos. No momento, o novo edital para processo seletivo temporário, que já passou do prazo estipulado para publicação, está sob a responsabilidade da Secretaria de Planejamento, Tecnologia e Gestão (Seplag), que preferiu não se manifestar. Clique aqui para conferir a versão digital do Jornal da Metrópole!

Foto: Manuela Cavadas

Classificação Indicativa: 18 anos

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