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Publicado em 01/05/2015, às 22h22 Tony Silva (Twitter: @Tony_SilvaBNews)
Moradores da Avenida Palmeiras denunciaram ao Bocão News a demora no cadastramento da prefeitura para famílias que vivem em áreas de risco. No local, aproximadamente 15 casas estão à beira da encosta que deslizou causando a tragédia na comunidade de Barro Branco, na ultima segunda-feira (27), na avenida San Martin. Os populares deixaram seus imóveis após alerta de técnicos da Defesa Civil, e desde então enfrentam vários transtornos.
Os donos dos imóveis desocupados dizem estar morando em casas de vizinhos, parentes e alguns tiveram que alugar outro imóvel por conta própria. Quatro dias de espera, para estas pessoas parece ser quatro meses. Eles desejam colocar a vida em ordem novamente e temem a perda de pertences com um novo desabamento.
Samara Souza de Almeida, 32 anos, mora há 15 anos no local com esposo, dois filhos e os sogros, se queixa da despesa que tem tido. “Eu aluguei uma casa por R$ 400, pois o menor preço que consegui, enquanto o 'bolsa aluguel' é de R$ 300. Ficamos todos os dias a partir das 8h da manhã até a noite esperando os técnicos para nos cadastrar e nos dar uma orientação sobre o que vamos fazer. Por conta disso estou faltando ao trabalho e estou com medo de ficar desempregada”, desabafa.
Alguns dos moradores deixaram móveis nas casas que estão penduradas nas encostas, porque segundo eles, não têm onde guardar. É o caso da recepcionista Edna Dourado, 43 anos, que teve que ir com o filho para uma casa de parentes e não teve espaço para levar a mobília, saindo apenas com roupa e documentos. “Eu não tive condições de alugar casa. Saí só com a roupa e documentos. As coisas estão lá dentro e a minha casa pode desabar com a chuva e eu perder tudo”, explica.
O operário Davi José disse que o maior temor dos moradores é de que os técnicos não apareçam e aconteça outro acidente e eles fiquem esquecidos. “Espero muito que não aconteça mais nenhuma tragédia com a chuva que já está caindo novamente, tanto pela vida de outras pessoas e para que também nossa comunidade aqui não caia no esquecimento”, desabafa.
Uma das moradoras que está ansiosa pelo acolhimento dos técnicos da prefeitura é a funcionária terceirizada de uma escola da rede estadual, Nervolandia Bonfim, 48 anos. “Eu fico três meses sem receber dinheiro e não tenho como pagar aluguel. A nossa sorte que aqui, estas pessoas são como uma família. Caso a gente consiga ser incluído em algum programa de habitação eu gostaria muito que todos morassem no mesmo empreendimento”, comenta.
Classificação Indicativa: Livre
Despencou o preço
Imperdível
Presente perfeito
Nescafé
Limpeza fácil