Foto Roberto Viana
A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, bem que tentou "garantir seu batom" (como afirmou mais cedo em referência que a barraca Sol de Ipitanga não seria derrubada), mas foi retirada na "marra" por policiais federais da barraca, marco da divisa entre Salvador e o município vizinho. Ela foi retirada à força e deixou a Sol de Ipitanga aos prantos e sob aplausos dos presentes.
Gramacho resistiu o quanto pode à derrubada das barracas instaladas na área de Lauro de Freitas, apesar de a ordem da Justiça Federal determinar a demolição de todos os equipamentos na orla de Ipitanga, independente de pertencer a Salvador ou Laurio de Freitas, segundo atestaram o delegado federal al Goulart, o oficial de Justiça, Jaílson Lázaro, e o superintendente da Sucom, Cláudio Silva.
Cláudio Silva informou ter solicitado ao juiz Carlos D'Ávila, da 13ª Vara da Justiça Federal, a suspensão da ordem judicial por 48h até que fosse esclarecida a dúvida quanto à determinação de demolição de barracas instaladas fora da área de Salvador, no que não foi atendido pelo juiz.
Para retirar a prefeita e dispersar a multidão que se formou ao redor da barraca acompanhando o desenrolar do trabalho de demolição da Sucom, a polícia usuou, inclusive, spray de pimenta. Imprensa e curiosos foram empurrados por agentes federais e reclamaram de ardência e lágrimas devido a ação do spray.
Moema Gramacho saiu chorando e sob aplausos dos barraqueiros de Ipitanga que elogiaram sua resistência e sua tentativa de defender a manutenção das barracas instaladas no município. Após a saída da prefeita, foi a vez de os policiais retirarem trabalhadores e pertences dos proprietários. Com a área limpa, as máquinas da Sucom iniciaram a derrubada da Sol de Ipitanga que, de marco da divisa entre os dois municípios, virou marco da resistência da prefeita Moema Gramacho.
O trabalho de demolição das barracas da praia de Ipitanga, iniciado nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (26), foi atrasado pela resistência da prefeita de Lauro de Freitas. Ela reclamou que havia acordo firmado com o prefeito de Salvador, João Henrique, assegurando que a Sucom só agiria até área pertencente a Salvador.
Apesar disso, a Polícia Federal e o superintendente da Sucom entenderam que a ordem judicial determinava a demolição de todos os equipamentos, independentes se instalados em Salvador ou a Lauro de Freitas. Com essa compreensão, garantiram que só deixariam o local após ter ido a baixo a última barraca. Foi o que aconteceu no final da manhã quando os tratores da Sucom derrubaram a Sol de Ipitanga.
No momento em que as máquinas começaram a demolição da estrutura da Sol de Ipitanga, os barraqueiros cantaram o Hino Nacional.
