Geral

Frentistas prometem estado de greve a partir de segunda (27)

Publicado em 24/07/2015, às 17h56   Leo Barsan (Twitter @leobarsan)


FacebookTwitterWhatsApp

Se os preços dos combustíveis já são uma bomba, segura mais essa! Na próxima segunda-feira (27), frentistas de toda a Bahia entram em estado de greve e prometem parar por tempo indeterminado a partir de 10 de agosto.

A categoria reivindica reajuste salarial de 12%., além de benefícios como plano de saúde e pagamento de horas extras. Os patrões oferecem 9% de aumento nos salários. Ano passado, os trabalhadores deflagraram paralisação no mesmo período.

Na Bahia, são 17 mil profissionais distribuídos em 2.059 postos. A capital baiana tem 200 postos e mais de cinco mil frentistas.

Segundo Eduardo Silva, integrante do conselho fiscal do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis (Sinposba), as negociações começaram em maio, mas não avançaram.

“O sindicato patronal se recusa em negociar e só oferece 9%. Vamos neutralizar as atividades nas unidades de trabalho e cruzar os braços com Operação Tartaruga até o dia 10. A expectativa é que até esta data os patrões apresentem uma proposta decente. Do contrário, vamos parar por tempo indeterminado”, assegura o sindicalista. A última reunião com o sindicato dos patrões foi realizada no dia 15 de julho e não há previsão de novas negociações.

O presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis (Sindicombustíveis), José Augusto Costa, disse ao Bocão News, que a oferta de reajuste salarial proposta está acima da inflação. “É maior do que todas as categorias receberam. Não podemos criar despesas que impactem no bolso do consumidor. Se o preço da mão-de-obra crescer muito quem vai pagar é a sociedade toda, Vai acabar estourando do lado de lá”, argumenta.

Sobre o plano de saúde, Costa explica que o sindicato da categoria é responsável por encontrar uma empresa que preste assistência em todo o estado.

“Em qualquer buraco tem um posto de combustível, mas nem todas as cidades oferecem atendimento aos pacientes por meio de plano de saúde. Eles (o sindicato da categoria) que precisam encontrar uma operadora. Quando encontrarem, os patrões pagam uma parte e o trabalhador outra”, detalha.

Em relação às horas extras de domingo, o presidente do Sindicombustíveis avisa que segue a convenção coletiva. “Pagamos feriado a 100% e no domingo, o adicional”, relata Costa.

Ele lembra que não há agenda entre sindicatos para os próximos dias e dispara: “O Sinposba quer ganhar o máximo que não existe. A gente não tem como impedir que a greve aconteça nem por 30 dias nem por dois anos. A sociedade vai cobrar para que parte do mercado funcione porque combustível é produto de primeira necessidade. Estamos vendendo 15 a 20% a menos”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp