Cerca de 60 entidades e associações de bairro se uniram para pressionar as autoridades a incluírem as comunidades da periferia na discussão sobre o sistema de transporte urbano e a infraestrutura de Salvador. O grupo se auto-intitula União dos Bairros pela Mobilidade (UBM) e está de olho numa “fatia” dos R$ 2,5 bilhões reservados pela União para capital baiana.
“O que nós queremos é cobrar do governo do estado e da prefeitura a implantação de uma rede integrada de transporte, que sirva toda a cidade e não apenas à região do aeroporto e o entorno da Fonte Nova”, aponta Joceval Tibúcio, um dos coordenadores UBM.
O presidente da União de Moradores das Cajazeiras e Adjacências, Evanir Borges, diz que o conglomerado precisa de mais atenção. “Somos 800 mil pessoas e só temos uma avenida principal. Por isso, é engarrafamento dia e noite. Precisamos de pistas secundárias à Estrada do Coqueiro Grande e mais rotas de ônibus. Não é possível que uma localidade tão grande seja desprezada”.
Quem também empunha a “bandeira” da UBM é Reginaldo Filho, de Mussurunga. “Nosso bairro tem 60 mil habitantes e não temos sequer uma via exclusiva. A oferta de transporte é precária. A estação que serve àquela região está saturada. Precisamos de transporte rápido e com segurança”.
A União dos Bairros pela Mobilidade também possui representantes do Subúrbio Ferroviário, Largo do Tanque, Vila Verde, Bairro da Paz e Península Itapagipana.
Fotos: Roberto Viana/Bocão News
