Fiéis reclamam da falta de estrutura

Apesar da emoção que tomou conta de todos os devotos, as queixas foram grandes. Além da falta de cobertura para proteger da chuva, que não deu trégua durante a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, as pessoas reclamavam da ausência de cadeiras para os idosos. Quem não estava na área Vip, para convidados, teve que levar o próprio banquinho para não ficar de pé durante as seis horas de evento neste domingo.

"Vale à pena o sacrifício. Ela é merecedora disso, pelo bem que fez à sociedade, mas fica difícil. Quando cheguei, aqui ainda estava vazio. Meus pés estão queimando", disse Maria do Carmo Borges, de 67 anos, moradora do bairro do Bonfim.

Para ela, os idosos tinham que ter prioridade, principalmente por que tinham muitas pessoas que estavam debilitadas, mas fizeram questão de ir, como uma de duas amigas, recém operada. Mesmo sob a forte chuva que caiu durante a Comunhão, quase no fim da celebração, elas não arredaram o pé do lugar, diferente da maioria das pessoas.

Outra reclamação era a dificuldade para se aproximar do altar, cujo espaço em frente era restrito. "A gente não consegue nem se movimentar direito. As pessoas não querem ceder nem um milímetro", falou a dona de casa Antonieta Pereira Santos, de 49 anos, que chegou no final da tarde.

SAMU - De acordo com a enfermeira Fernanda Feitosa, que estava de plantão no posto de atendimento de emergência do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), das 9h da manhã até as 16h40, quando começou a solenidade, 47 pessoas tinham sido atendidas na unidade. Apesar do movimento, não foi registrada ocorrência grave. "A maior parte era de idosos e crianças com pressão alta ou baixa e hipoglicemia". No entanto, no final do evento, os casos começaram a se agravar e as pessoas estavam chegando desacordadas ao posto.