O ex-diretor do A Tarde, Paulo Oliveira, desabafou sobre a atual situação do jornal em uma rede social. De acordo com ele, a negociação para aquisição do diário baiano durou apenas cinco dias e foi feita de “olhos fechados”.
Ainda segundo ex-diretor, após a negociação, os empresários ficaram “surpreso” com a situação da empresa. “O diretor da área financeira da nova diretoria de A TARDE falou ainda que não sabia do acordo feito entre o então presidente André Blumberg e o Ministério Público do Trabalho para pagar os funcionários demitidos em dezembro e janeiro, em até 12 parcelas mensais. E que não concorda com o TAC, mas pediu paciência para os demitidos que ainda não viram a primeira e segunda parcela da rescisão, nem a segunda parte do 13º”, contou Paulo Oliveira.
O ex-diretor disse ainda que os compradores de A TARDE ainda não são os donos na prática. “Hoje a empresa está em nosso poder, mas não podemos assinar nada antes que a ata passe pela Junta Comercial, o que leva cerca de 12 dias. Estamos operando com uma procuração. O procurador é seu Dílson, que tem procuração da antiga diretoria (a família Simões). O prazo para pagamento era dia 10, mas Lázaro [Roberto Lázaro, sócio de Crezo Suerdick Dourado na holding da holding que comprou A TARDE] falou que só na sexta-feira terá alguma definição sobre a questão”, declarou.
Conforme ressaltou o ex-diretor, a nova reunião foi marcada para sexta-feira, quando Lázaro ficou de definir uma data para voltar a pagar as rescisões que estão atrasadas.