Em conversa com a reportagem do Bocão News, Antônio Celso, apontado como a pessoa que teria adquirido o apartamento do governador Jaques Wagner no edíficio Duque de Orleans, na Estrda de São Lázaro, na Federação, confirmou a transação destacando tratar-se de um negócio legítimo realizados entre pessoas físicas, sem beneficiamento de qualquer parte.
Ex-assessor de Wagner, o atual diretor de Gestão Comercial e Desenvolvimento da Companhia das Docas da Bahia (Codeba), estatal federal que administra os portos baianos, considerou venenosa a tentativa de vincular a transação imobiliária que realizou com o governador Wagner com o cargo que ocupa na Codeba. "Estou na Codeba desde 2009 por nomeação do então ministro dos Portos Pedro Brito (PSB). Claro que contei com o aval do governador, mas não foi dele a indicação", garante Antonio Celso.
De Macaé, onde participa de uma Feira de Óleo e Gás, Antonio Celso relatou que ao vir para a Bahia em 2003 como executivo da Claro foi morar em um apartamento alugado no Duque de Orleans, local considerando por ele privilegiado e com a melhor vista de Salvador. Lá conheceu Jaques Wagner, então morador do 24º andar, antes de ele se eleger governador.
Morou no Duque de Orlean de março de 2003 a outubro de 2007, quando teve que deixar o apartamento a pedido da proprietária e se mudou para a Graça. "No entanto, sempre quis morar lá e quando deixei o edifício externei o interesse em comprar um apartamento. Quando o corretor foi informado disso me procurou. A transação foi legítima, ao preço de R$ 900 mil como foi anunciada pelo governador", ressaltou.
Antonio Celso diz ter sido indicado pelo PMDB para ocupar a Superintendência de Comércio e Serviços da Secretaria da Indústria e Comércio, onde ficou por cerca de dois anos. Devido à atividade desenvolvida na secretaria, terminou sendo convidado pelo então ministro Pedro Brito, dos Portos, para ocupar a Codeba, sendo nomeado em 2009 como diretor de Gestão e Desenvolvimento da estatal, cargo que ocupa até o momento.
Segundo o ex-assessor de Wagner, a negociação com o apartamento do governador, fechado desde que ele se mudou para o Palácio de Ondina, só aconteceu este ano, portanto querer relacioná-la com a sua nomeação para a Codeba é apenas uma tentativa maldosa.
Ele disse que ainda não se mudou para o imóvel porque quer fazer uma reforma. Também disse que pagou à vista. "Não sei a quem interessa, mas tenho a tranquilidade de que não há nada escuso nessa transação comercial. O valor foi o de mercado e não houve qualquer beneficiamento de nenhum lado", declarou Antonio Celso.
Pela manhã, o próprio governador, em entrevista à rádio Metrópole, explicou a sua mudança de endereço. Segundo disse, ele não tem nada a esconder. "A notícia deu uma agitada, mas mentira tem perna curta e acabou logo”, ressaltou.Sobre o fato de o apartamento que vendeu ter sido declarado com um valor muito menor do que o que foi adquirido com a venda, o governador declarou: “Esse apartamento foi comprado há 11 anos. Custou entre 150 e 170 mil reais. Mas como o mercado imobiliário cresceu, é só ir lá e ver quanto vale o apartamento com quatro garagens, como era o meu”.
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