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Morador de rua morre por recusa de socorro do Samu

Publicado em 24/06/2011, às 15h43   João Kalil


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Provavelmente a recusa de socorro por parte do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) seja a responsável pela morte de um morador de rua ocorrida na manhã desta sexta-feira (24), na Vasco da Gama. Um homem negro, aparentando 40 anos, de identidade ignorada, que ocupava a marquise de uma loja de autopeças, queixou-se de dores no peito. O fato aconteceu por volta das 5 horas quando um morador do local, de prenome Bernardo, chegava em casa depois de participar do São João do Pelourinho.

Sensibilizado com a situação do indigente, Bernardo acionou o Samu na tentativa de conseguir socorro para a vítima. Ao tomar conhecimento de que não se tratava de familiar de Bernardo, o Samu não teria dado a mínima atenção.

Conforme Bernando, que acredita que o indigente estava infartando, foram feitas mais de uma dezena de ligações, mas o socorro não apareceu. O atendente do Samu teria informado que, por se tratar de pessoa sem "família", o serviço nã poderia prestar socorro.

Por volta do meio-dia, o morador de rua morreu sem ajuda do serviço médico que, segundo propaganda, deveria atender qualquer cidadão que necessite de socorro. Sem contar que, pela lei, o estado tem a obrigação de prestar atendimento médico a qualquer cidadão, independente se ele tem ou não família, nome, endereço, cpf ou título de eleitor.

Mesmo depois de morto, o cidadão não mereceu atenção dos órgãos públicos, já que nem mesmo o Instituto Médico Legal (IML) teve pressa em remover o corpo do morador de rua que, até às 16 horas, continuava no local, numa total demonstração de desrespeito ao ser humano, conforme constatou a reportagem do Bocão News.

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