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Táxis clandestinos migram, prefeitura assiste

Publicado em 27/07/2011, às 11h04   Fabíola Lima


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Depois de intensificada fiscalização no aeroporto Internacional de Salvador, a briga pelo ponto de táxi continua, só muda o cenário. De acordo com o presidente da Associação Metropolitana dos Taxistas (AMT), Valdeilson Miguel, diariamente os profissionais da categoria são lesados e ameaçados pelas pessoas que fazem transporte clandestino. “Eles estão em muitos lugares e há pontos em que sua atuação é permitida e organizada, a exemplo do Atacadão Atakarejo na Calçada”, denuncia Valdilson. Segundo o presidente, um funcionário do supermercado orienta os clientes que procuram o serviço e os alternam entre o táxi clandestino e autorizado. Procurado, o gerente do Atakarejo não foi encontrado.

Taxistas dizem que a média de espera para uma corrida na fila dos táxis cadastrados era de duas horas. Com o aumento do número de clandestinos, desde o final de junho, a espera dobrou e os taxistas estão ficando até quatro horas esperando por passageiros. Os clandestinos, segundo taxistas, aparecem mais no início da manhã, das 6h às 10h, e no final da tarde, das 17h às 20h. Após a operação para desarticular a prática ilegal no aeroporto, situação que já foi tema de matéria no Bocão News, eles não se intimidaram e migraram para outros pontos.

Outro local complicado na disputa é a rodoviária. Segundo o presidente da AMT, eles são ainda mais ousados e atuam na área interna, que fica em frente a um posto policial. “A polícia até tenta impedir quando os ânimos se exaltam, mas não é o suficiente. O correto seria uma ação decisiva da Gerência de Táxi (Gtaxi) para impedir a prática ilegal”, cobra Valdeilson Miguel.

Para o diretor executivo de transportes da Gtaxi, Marcus Flores, o clandestino opera na falha do oficial, seja no horário ou preço. “É uma luta antiga que a Transalvador tenta intervir, mas é muito problema para uma equipe limitada”, lamenta o diretor informando que a GTaxi trabalha com cerca de 236 funcionários. 

Ainda segundo Flores, o trabalho é contínuo e após operação em parceria com a Infraero no aeroporto, a rodoviária está entre os pontos de fiscalização, mas “não é possível operar em todos os lugares, a cidade é grande e são muitas as demandas”, disse. 


A fiscalização
Durante a Blitz o condutor do veículo identificado como clandestino é encaminhado ao pátio da Transalvador onde inicialmente paga uma diária de R$ 20 pela permanência do carro no local, além de multa pelo transporte remunerado de pessoas (o valor não foi informado pelo órgão).  
Na unidade é feita uma vistoria no veículo e documentação. Caso sejam identificadas outras irregularidades, a exemplo de IPVA vencido ou condições de tráfego, o carro permanece na Transalvador e o motorista é multado em até R$ 800, mas o valor pode aumentar a depender do período em que o automóvel permaneça na unidade. Mas, ainda é muito complicado flagrar a ação do taxi clandestino Já que eles fogem do local quando percebem a ação da Transalvador, esclarece Marcos Flores. 

Classificação Indicativa: Livre

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