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Mulher acusa presidente da TWB por ameaças

Publicado em 28/07/2011, às 08h52   Alessandro Isabel



As denúncias contra a TWB, concessionárias responsável pela travessia marítima entre Salvadore e a Ilha de Itaparica continuam acontecendo. Dessa vez, as acusações partiram de Lenise Ferreira, presidente da Associação Comercial de Vera Cruz, que afirmou receber ameaças do empresário paranaense e presidente da TWB, Reinaldo Pinto do Santos, após o ferry boat Ivete Sangalo atrasar mais de três horas na tarde de quarta-feira (27).

Segundo Lenise, a confusão teve inicio por volta das 13h30min, no terminal marítimo de Bom Despacho (Ilha), quando uma ambulância que levava uma grávida em trabalho de parto para Salvador foi obrigada a aguardar um ônibus de turismo que chegou três horas mais tarde. “Isso é um verdadeiro absurdo. Quando chegamos ao terminal, no inicio da tarde, o Ivete Sangalo já estava lá. Eles nos informaram que a embarcação estava quebrada. Quando deu 16h, chegou um ônibus de turismo e o ferry começou a funcionar”, acusou Lenise.

Ainda segundo a denunciante, ao escutarem o motor da embarcação sendo acionado, as pessoas que estavam na fila resolveram protestar e fecharam a entrada do terminal. “Fechamos a entrada e realizamos a manifestação. É uma falta de respeito o que a TWB faz com os usuários”, desabafou.

Lenise afirmou em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na manhã desta quinta-feira (28), no Programa do Bocão da Rádio Sociedade da Bahia, que foi ameaçada em público pelo presidente da TWB. “Quando cheguei ao terminal de São Joaquim, em Salvador, fui chamada por um segurança da empresa, que disse que teria uma pessoa que queria falar comigo. Me dirigi à administração e fui recebida por Reinaldo Pinto do Santos, presidente da TWB, que ao invés de pedir desculpas, veio ameaçando por eu estar com ações judiciais e utilizar a mídia contra a empresa. Disse que eu não deveria esperar uma relação amigável entre eles”.

A confusão ocorreu no mesmo dia em que o diretor-executivo da Agerba (Agência de Regulação da Bahia), Eduardo Pessoa, afirmou que se dependesse somente dele, o contrato de concessão firmado pelo estado com a TWB, em 2006, seria rompido. Pessoa, que se referiu à concessionária do sistema ferry boat como "a famosa TWB", numa alusão à péssima fama da empresa, disse que o contrato não se enquadra totalmente nas normas legais. "Existem cláusulas (do contrato) que são leoninas e totalmente favoráveis à TWB. O que eu posso dizer é que sabemos de todas as deficiências dessa empresa. Dizer o contrário é mentir e isso eu não vou fazer''.

Perguntado sobre a possibilidade de a TWB ser substituída, caso o governo ''encontrasse uma empressa'' e se ele (Pessoa) trocaria, o diretor da Agerba foi taxativo: "Eu, Eduardo Pessoa, trocaria logo", sustentou.  As afirmações do diretor da Agerba
 foram feitas durante entrevista ao apresentador Armando Mariane, na Rádio Sociedade da Bahia.

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