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Cedeca-BA cobra mais delegacias especializadas em combate à violência contra crianças

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Waldemar Oliveira propõe formação de força tarefa para convencer o governo estadual a ampliar o serviço  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 20/05/2018, às 19h30   Vinícius Ribeiro


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Na quinta-feira (17) - véspera do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - dois episódios reacenderam os holofotes para a incidência de casos que atingem esta faixa etária. Em Camaçari, o estupro e o assassinato da garota Milena Alves, de apenas 10 anos; e a operação Luz na Infância 2, em combate à pornografia infantil, chamaram a atenção para os riscos que circulam no mundo virtual e real. 

Para o coordenador-executivo do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca-Ba), Waldemar Oliveira, a elucidação do assassinato de Milena precisa servir de exemplo. "Se não der em nada, eles (os criminosos) se sentem estimulados", afirmou o gestor da instituição ao BNews, pouco antes de sessão na Câmara que celebrou os 27 anos de atuação da instituição na Bahia. No sábado (19), a polícia informou que um adolescente acusado de praticar o crime foi apreendido

Como forma de ampliar o atendimento para crimes como este, Waldemar Oliveira defende a ampliação do número de delegacias especializadas no combate a violência infanto-juvenil na Bahia. Atualmente, apenas a Delegacia Especializada de Repressão a Crime contra Crianças e Adolescentes (Derca) presta auxílio para estas vítimas no Estado.

"Estou tentando articular uma força tarefa pra ver se a gente consegue convencer o governo do Estado a ampliar o número de delegacias especializadas. Isto é um absurdo. Nós temos uma única delegacia, que foi criada há 26 anos. Isso nos joga em uma realidade terrível. Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Porto Seguro, cidades onde têm um turismo acentuado não se conta com uma delegacia (especializada)", criticou ao discursar na tribuna. 

AÇÃO PERMANENTE - Sobre a operação Luz na Infância 2, realizada em 24 estados além do Distrito Federal, fruto de quatro meses de investigação policial, o gestor lembrou que a ação precisa ser rotineira. "Embora algumas pessoas não deem a devida importância, na internet o que circula são situações terríveis. É preciso que esta seja uma ação permanente, porque estes que foram presos, agora, correspondem ao um percentual mínimo daqueles que infligem a lei".

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