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Bienal continua contabilizando prejuízos

Imagem Bienal continua contabilizando prejuízos
10ª Bienal do Livro da Bahia continua sendo marcada por reclamações  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/11/2011, às 13h00   Alessandro Isabel



Após grande repercussão da matéria postada no Bocão News - Falta de divulgação e prejuízos marcam a 10ª Bienal do Livro -, que teve início na última sexta-feira (28) eis que algumas mudanças foram providenciadas para tentar atrair o público. 
O valor da entrada – antes R$ 8,00 - (inteira) e R$ 4,00 - (meia-entrada para estudantes e idosos) – foi reduzido em 50%, passando para R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia-entrada para estudantes e idosos). Más, segundo os expositores, a intensa movimentação de estudantes pelos corredores e stands não estão sendo convertida em cifras. “Você vê vários estudantes passando, mas eles não compram, porque não repassaram para eles o vale-compra, algo que estava firmado para ser feito.”, disse uma expositora.
Desde o início da 10ª Bienal do Livro da capital baiana o clima entre expositores e a produtora Fagga, responsável pela organização do evento, não vai nada bem. As denúncias sobre o fracasso do evento veio a tona através de uma denúncia na manhã de domingo (30), a informação de que os expositores estariam insatisfeitos com a falta de divulgação, foi confirmada e deixou os revoltados. “A Fagga coloca a culpa no governo do estado que não fez a divulgação, mas nós pagamos para eles, e a obrigação de garantir o acesso das pessoas e divulgação é da Fagga. Na hora de ver o dinheiro é com ele, e na hora de dividir o prejuízo?”, questionou.
Segundo outra expositora, que deixou de participar da Bienal de Presidente Prudente, em Minas Gerais, para vir a Salvador “o arrependimento é muito grande, pois o investimento passa dos R$ 20 mil e o prejuízo é garantido. E se resolverem abandonar o evento terá que pagar uma multa por quebra de contrato”.

Uma comissão formada por mais de 70 expositores estudam a possibilidade de entrar com uma ação judicial contra a organização do evento. "Vamos cumprir com o contrato e logo em seguida vamos ver como podemos resolver esse problema. Temos até domingo para tentar conseguir, pelo menos, reconquistar o valor que depositamos, e se não conseguimos iremos adotar as medidas judiciais cabíveis", ameaça o expositor que tem um stand com 24m e pagou R$ 400 por cada metro.

Na noite desta segunda-feira (31), o clima entre os expositores e a produção do evento ficou tenso. Os empresários fecharam seus stands às 19h, sendo que a previsão é de que os serviços permanecessem disponíveis até as 22h. “Fechamos para protestar a falta de público. Isso aqui foi o maior fiasco de minha vida. Tenho 20 anos de mercado e nunca participei de uma Bienal sem movimentação”, disse o proprietário de uma editora.
Os expositores que falaram com a reportagem do Bocão News preferiram não ser identificados. A nossa equipe tentou manter contatos com representantes da Fagga, mas nenhuma das ligações foram atendidas, nem retornadas.
Fato é que a 10ª Bienal do Livro segue até o próximo domingo (06) no Centro de Convenções da Bahia. Segundo dados fornecidos no site  - bienaldolivrodabahia.com.br- o investimento é de R$ 3,2 milhões, a expectativa da organização é que o evento movimente cerca de R$ 7 milhões e comercialize aproximadamente 500 mil livros. Há estimativa de que pelo menos 272 mil pessoas passem pelo Centro de Convenções.

Foto: Paulo Macêdo

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