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Após repercussão nacional, procurador envolvido em confusão com adolescente volta a se pronunciar

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Na noite de domingo (26), o programa Fantástico repercutiu o caso em uma matéria sobre o assunto  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/05/2019, às 14h48   Redação BNews


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O caso do procurador José Augusto Martins Junior, que foi filmado em uma confusão em que supostamente agride um grupo de adolescentes, no condomínio Elegance Garibaldi Condomínio Clube, em Salvador, ganhou repercussão nacional. Na noite de domingo (26), o programa Fantástico repercutiu o caso em uma matéria sobre o assunto. 

Nesta segunda-feira (27), o procurador se pronunciou novamente e emitiu uma nova nota se mostrando arrependido do que aconteceu. Confira a nota na íntegra:

A ciranda da vida está sempre rodando. Quando me tornei servidor público, sempre acreditei que isto era a coroação do sacrifício e das renúncias que a conquista impunha. Mero engano. Vinte e dois anos de trabalho, sem nenhum ato desabonador do meu servir, é um mero castelo de cartas. A figura do Procurador não precisa mais da figura do ser humano, do pai de família, com todas as imperfeições que a condição humana abriga. A condição de pai não resiste ao título. Pais podem falhar, procuradores nunca. 

Mas, nem sempre, a máscara do servidor público consegue represar nosso instinto mais primitivo, aquele que nos define, o instinto paterno. 

Errei. Puno-me por isso a cada amanhecer. Mas nunca me perdoaria se me fizesse omisso a um sofrimento dum filho. Um filho especial, não pela imperfeição, mas pela sua singularidade. Num país  onde a diferença é punida apenas por existir. Numa sociedade em que nascer fora do padrão é quase ser sentenciado ao sofrimento silencioso do dia a dia, imposto pelos normais. 

Isto tudo, de certo, não justifica os atos agressivos que pratiquei, mas não me sentencia ao degredo, ao linchamento moral, nem me traduz como ser humano e, principalmente, como pai. Sofrerei a punição pelos meus atos, mas nunca me silenciarei ao maltrato da minha prole, e a defenderei, como meu filhote me disse após o infeliz episódio, como um “leão”. 

Peço desculpas ao adolescente, aos familiares do adolescente e, principalmente, a coletividade pelas cenas tão despropositadas, mas lhe peço, não puna o filho e a família daquele que reconhecendo o erro, pede perdão a todos.

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