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Greve Geral: presidente da CTB confirma caminhada até o Iguatemi

Marcos Maia
Pascoal Carneiro defende que "não precisa mexer no Regime Geral da Previdência"  |   Bnews - Divulgação Marcos Maia

Publicado em 14/06/2019, às 07h42   Marcos Maia e Caroline Gois


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O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, concedeu entrevista ao BNews, na manhã desta sexta-feira (14) e ressaltou que o objetivo do movimento é contra a Reforma da Previdência.

Reunido desde às 6h, na Rótula do Abacaxi, em Salvador, Pascoal afirmouque "estavamos desde às 4h no Pólo Petroquímico e paramos as garagens de ônibus. Vamos descer em passeata para o Iguatemi. É um movimento ordeiro e pacífico".

"Estamos protestando contra a Reforma da Previdência e já teve efeito. Ontem, o relator apresentou o relatório e já apresentou algumas coisas. Mas, ainda é muito pouco. O que a gente diz é o seguinte: não precisa mexer no Regime Geral da Previdência. Porque o Regime Geral da Previdência não tem previlégios. Os trabalhadores se aposentam, são 83% da massa de pessoas aposentadas no Regime Geral que ganham até três salários mínimos. Então, não tem previlégio aí. O previlégio está na Previdência própria dos militares que está fora do Regime Geral. Então, tem que fazer reforma no regime dos militares, do judiciário, da procuradoria, dos depeutados. Aí sim tem privilégios. Do presidente da República que se aposenta com quatro anos de mandato e tem direito a salário de presidente e mais oito assessores. Isso eles não estão mexendo. Este movimento é neste sentido", afirmou.

Em entrevista ao BNews na manhã desta quinta-feira (13), Cedro Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA), explicou que uma vez reunidos, representantes das entidades praticantes e manifestantes vão analisar a adesão ao movimento e decidir o que fazer em seguida.

“De acordo com a evolução do movimento, vamos decidir se vamos caminhar ou fazer um protesto ali mesmo. Mas a tendência é caminhar até o Iguatemi. Pode ser até que surja algo diferente, e irmos para outro local do Iguatemi”, disse. Desta forma, um cenário possível prever a uma marcha até o Shopping da Bahia, que poderia se estender até a sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no bairro do Stiep.

Já às 15h, está prevista uma caminhada, da praça do Campo Grade até a praça Castro Alves, passando pela Av Sete de Setembro e pela Piedade. Silva explica que a ideia deste ato final é fazer com que os trabalhadores do polo petroquímico - paralisados a partir das 5 h - possam se juntar aos manifestantes mobilizados na capital desde o turno matutino. Assim, o grupo pode aproveitar a ocasião para caminhar junto e fazer uma avaliação dos atos relacionados a Greve Geral durante todo o dia.

Até às 11h desta quinta, a CUT-BA havia confirmado a realização de atos em 34 cidades baianas, além de Salvador, com a expectativa de novas adesões ao longo do dia. As cidades de Paulo Afonso , Juazeiro, Senhor do Bonfim, Serrinha, Conceição do Coité, Alagoinhas, Catu, Pojuca, São Sebastião do Passé, Candeias, Santo Amaro, Camaçari, Feira de Santana, Jacobina, Ipirá, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Valença, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Guanambi, Urandi, Jequié, Itapetinga, Barreiras, São Desiderio, Oliveira dos Brejinhos, Eunápolis, Porto Seguro, Itamaraju, Teixeira de Freitas  e Mucuri estão entre aquelas com atos confirmados.

Pautas e adesão
A greve geral tem como pautas o combate a reforma da previdência, ao contingenciamento de verbas da área de educação e pela geração de mais empregos. Além destas pautas, Silva afirma que o “Fora Moro” será uma das bandeiras das manifestações. Desde o último domingo (9), o site The Intercept tem divulgado uma série de mensagens trocadas por membros da força-tarefa da Operação Lava-Jato e o então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.

Classificação Indicativa: Livre

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