Nesta quarta-feira (3) o caso Bruno teve mais uma novidade: Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro e réu no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, fez uma denúncia de tortura durante a audiência do caso, no fórum em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com o G1, ele afirmou ter sido ameaçado pelo delegado Edson Moreira e teve que mentir em depoimentos e na reconstituição sobre a estadia de Eliza no sítio de Bruno, o que levou à prisão de oito pessoas. Sales ainda ressaltou que foi asfixiado com um plástico na cabeça, que apanhou, além de ter sido obrigado a aceitar o advogado Marco Antônio Siqueira como defensor.
Em contrapartida, Siqueira afirmou nunca ter presenciado nenhuma ação de constrangimento ou de tortura por parte da polícia em relação ao seu ex-cliente, complementando que o laudo médico atestava que o primo do goleiro estava em perfeitas condições médicas.
Sobre as denúncias de Sales, a Polícia Civil divulgou uma nota à imprensa.
"Acerca das denúncias de tortura feitas por Sérgio Rosa Sales, indiciado no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, a Políca Civil
informa:
O advogado Marco Antonio Siqueira, que atuou como defensor de Sérgio Rosa Sales, acompanhou os depoimentos dos indiciados durante o inquérito policial, inclusive procedimentos como acareações, tendo assinado o documento com as declarações tomadas. Em nenhum momento o indiciado sofreu algum tipo de constrangimento.
Além do advogado de defesa, Marco Antonio Siqueira, o processo teve acompanhamento de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), inclusive nos depoimentos e acareações."
