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Na mira do Ministério Público

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Propaganda dos Correios é investigada por irregularidades  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/11/2010, às 17h50   Redação Bocão News


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O comercial dos Correios estrelado pelo jogador de futebol de salão Falcão é investigado pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais por irregularidades.

Na propaganda, o jogador distribui autógrafos a várias crianças em uma agência dos Correios, quando uma mulher chega e pede que ele escreva seu nome na camiseta dela que será enviada por sedex a uma irmã.  Depois do autógrafo, a moça retira a blusa deixando os seios à mostra. Constrangido, Falcão cobre com o busto da mulher com a jaqueta, diante do protesto das crianças.

Questionado sobre o motivo da  investigação, o procurador da República Fernando de Almeida Martins, conta que a participação das crianças, além de imprópria e inconveniente, infringe a legislação brasileira, sobretudo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e até a Constituição.

Conforme Martins, a Constituição manda que se observe na publicidade o princípio do respeito peculiar da pessoa em processo de desenvolvimento. Já O CDC considera abusiva toda propaganda que há o aproveitamento da deficiência de julgamento e experiência da criança e ECA, por sua vez, contém diversos positivos para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, no que diz respeito à sua integridade e valores.

Preparado para críticas, o procurador esclarece que o inquérito não configura censura e explica que como a publicidade é uma atividade econômica, está sujeita a regulamentações e restrições.

Ainda segundo Martins, além de não guardar qualquer relação com a natureza dos serviços prestados pela empresa, de modo apelativo e desnecessário, a moça despe-se em frente a crianças, que, por sua vez, reagem de maneira imprópria para sua idade.

O MPF vai investigar em que canais da televisão aberta e fechada o anúncio dos Correios foi veiculado, bem como em que horários e dias foi transmitido, para então decidir sobre a responsabilização das partes envolvidas.

Assista a propaganda:


(As informações são da Assessoria de Comunicação Social do MPF-MG e Portal Imprensa / Uol)

Classificação Indicativa: Livre

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