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Exigências dificultam processo de adoção no estado

Publicado em 29/02/2012, às 16h07   Redação Bocão News


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Adotar uma criança no Brasil pode demorar muito, às vezes até anos. As dificuldades estão tanto na Justiça como nos próprios candidatos a pais. De acordo com dados da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), mais de 800 crianças e adolescentes, em Salvador, estão acolhidos em abrigos públicos. Na Bahia esse número é ainda maior, ultrapassando a marca de mil crianças.

Mas mesmo vivendo nos orfanato, nem todas elas estão disponíveis para participar do processo de adoção. Na capital baiana, apenas 48 estão habilitadas e 91 em todo o estado. 

A juíza da 1ª Vara da Inância e Juventude de Salvador, Mariana Varjão, explica: "isso acontece porque é necessário destituir os pais do pátrio poder. O que leva um tempo considerável, já que a família tem prioridade em ter a guarda das crianças".

Apesar do baixo números de crianças e adolescentes habilitados para adoção, outro problema é encontrar pessoas dispostas a levar as crianças para casa e tratá-los como filhos. Atualmente em Salvador, 189 pessoas estão aptas para participar do processo de adoção. Um número quatro vezes maior qu a quantidade de crianças disponíveis, mas a adoção não acontece porque os pretendentes já chegam aos abrigos com um perfil idealizado dos seus futuros filhos, aliás  filhas, se for seguir padrão a prioridade de adoção, que são meninas com idade até três anos e de pele clara. Crianças negras e com idade acima de cinco anos são as mais rejeitadas.


Informações do A Tarde

Classificação Indicativa: Livre

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