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Professores grevistas protestam na Assembleia

Imagem Professores grevistas protestam na Assembleia
Munidos com faixas e camisas os docentes ocuparam a rampa que dá acesso a ALBA  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/04/2012, às 12h45   Alessandro Isabel



“Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”, em coro professores da rede de ensino do estado cantaram durante manifestação, na manhã desta quarta-feira (18), em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Os alvos da "homenagem": deputados estaduais e o governador do estado Jaques Wagner (PT).

Munidos com faixas, camisas e contando com a apoio de um carro de som, os docentes, em greve desde o dia 11 de abril, ocuparam a rampa que dá acesso a casa do legislativo para chamar atenção dos parlamentares que aprovaram, na terça-feira (17), o pedido de regime de urgência do projeto de lei do governo do estado que estabelece 22% de aumento para professores de nível médio que recebem abaixo do piso nacional.  Os professores são contra porque querem que o aumento seja dado para toda a categoria.

“Não somos idiotas. O governador tem que cumprir o acordo firmado com a categoria”, disse Vanete dos Anjos, professora de matemática do Colégio Estadual Raul Sá, no bairro de Mussurunga I, em Salvador. Fantasiada de palhaça, a educadora reforça a união da categoria. “Não adianta ameaçar, não adianta nos pressionar. Não estamos pedindo nada, estamos cobrando o que nos é de direito”, concluiu.

Segundo o secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, o projeto de lei garante o cumprimento do Piso Nacional da Educação para os 5.210 professores de nível médio (carreira em extinção) e ainda assegura a possibilidade de ingressarem na Carreira do Magistério até 31 de dezembro de 2016, sem ter que realizar concurso público, mediante a conclusão do curso superior com licenciatura plena.

Ainda segundo o secretário, os 32 mil professores licenciados da rede estadual já recebem salários acima do piso nacional desde 2009 e também têm oportunidade de ascensão na carreira com a continuidade do processo de formação.


As justificativas apresentadas pelo Governo do Estado não convenceu a categoria que afirmar permanecer de braços cruzados por tempo indeterminado. Enquanto isso, mais de um milhão de estudantes em toda Bahia estão sem aula. Em Salvador, e na maioria das cidades do interior, os professores estão com as atividades suspensas mesmo depois que a Justiça declarou a ilegalidade do movimento.

Foto: Roberto Viana // Bocão News

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