Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (25), o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, tentou dar explicações sobre os materiais hospitalares vencidos que foram encontrados nos almoxarifado do Hospital Inácia Pinto dos Santos - o Hospital da Mulher. Os medicamentos foram comprados, em 2007, acima do planejado para as necessidades do município. A atual gestão municipal disse que tentou amenizar o problema conseguindo consumir boa parte, evitando assim, um desperdício ainda maior.
Na época, a direção do hospital fazia os pedidos de compra à Secretaria de Saúde. O prefeito citou exemplos do aumento de volumes entre o que foi solicitado e o que foi comprado: “Foram solicitadas 10 bobinas de papel grau cirúrgico e adquiridas 100; foram solicitados 100 pacotes de fraldas e comprados 6 mil; foram requisitadas 200 unidades de agulhas descartáveis tipo 30/8 e compradas 10 mil”, exemplificou.
Como não podem ser descartadas de qualquer maneira, as caixas de medicamentos vencidos ainda estão armazenados no almoxarifado à espera dos fornecedores, que já foram contatados pela direção, para fazer o recolhimento e destino final dos materiais.
“Se houvesse má fé da nossa parte, teríamos descartado o material de modo que nada fosse encontrado no almoxarifado. Agimos com responsabilidade, assumindo o ônus de um erro que não foi cometido pelo nosso governo e adotamos as providências que deveriam ter sido adotadas. O que não foi utilizado é porque não havia demanda para o volume de compras que foi feito”, argumenta Pimenta.
Denúncia - Os materiais só foram encontrados após denúncia de que existiam uma grande quantidade de materiais de uso hospitalar com prazos de validade vencidos. Os vereadores Marialvo Barreto (PT) e Roberto Tourinho (PSB) estiveram no local na quarta-feira (24) e constataram a veracidade da denúncia. Eles informaram que entrarão com uma representação criminal no Ministério Público Federal para apurar o caso.
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Foto: Secom
