Geral

Motoristas desrespeitam Justiça e não colocam mínimo de efetivo nas ruas

Imagem Motoristas desrespeitam Justiça e não colocam mínimo de efetivo nas ruas
Mototaxitas aproveitam a oportunidade para mostrar serviço  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/05/2012, às 14h36   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


FacebookTwitterWhatsApp

A Justiça determinou que 30% da frota rodoviária de Salvador estivesse nas ruas quando começasse a tão anunciada greve dos rodoviários. Mas não foi isso que a populacão soteropolitana conferiu nesta quarta-feira (23), primeiro dia de greve da categoria. Sem ônibus, a populacão teve que apelar para os transportes alternativos e motototáxis. Até os serviços cladestinos - que operam tranquilamente sem fiscalizacão da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) - fizeram parte da lista de opcões de locomoção dos pedestres.
E quem soube aproveitar a oportunidade foram os mototaxistas, que lutam, por meio da vereadora Léo Kret, na Câmara Municipal de Salvador, pela legalização do serviço. "'O movimento aumentou e as corridas são mais longas. Nós temos 18 motos e todas estão rodando nas ruas'', disse o mototaxista Maurício Pereira, que trabalha na Bonocô há tres anos e meio nesta profissão.

Negociações

Os rodoviários estiveram reunidos por cerca de uma hora nesta tarde com empresários do Sindicato das Empresas de Transporte (Setps). No encontro intermediado por procuradores do Tribunal Regional do Trabalho, os trabalhadores não aceitaram o reajuste de 4,88% oferecido pelos patrões. De acordo com Ubirajara, a categoria exigia aumento salarial de 13,80%, mais 21% de reajuste do vale-alimentação.
Antes do encontro de hoje, houve duas reuniões entre as partes mediadas por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), mas os envolvidos não chegaram a um acordo. Conforme liminar concedida pela desembargadora Vânia Tanajura Chaves, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª região, a categoria terá que manter em operação 40% da frota, quantidade que pode chegar a 60% nos horários de pico - das 5h às 8h e das 17h às 20h.
O descumprimento da determinação resultará em multa diária de R$ 50 mil. O sindicato, porém, não confirmou se a decisão será cumprida."Vamos orientar os companheiros a obedecer a determinação, mas vivemos em um país democrático e a gente não pode obrigar ninguém a trabalhar", afirmou Ubirajara.
A pauta dos rodoviários trazia uma série de itens, dentre os quais se destacam o reajuste salarial composto pelo índice inflacionário medido pelo DIEESE mais ganho real de 8%, além de pagamento de quinquênio (pagamento de parte do salário a cada 15 dias), aumento do valor do tíquete-alimentação e redução da jornada de trabalho de sete para seis horas.
Novamente com intermediação do TRT, as partes voltam a se reunir na próxima segunda-feira (28), às 10h.

Fotos: Giberto Junior// Bocão News
VEJA IMAGENS DA GREVE

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp