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Gerônimo, DEM e TV Bahia na disputa por "ACM meu amor"

Imagem Gerônimo, DEM e TV Bahia na disputa por "ACM meu amor"
Valor da causa já atinge os R$ 500 mil  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/06/2012, às 13h56   Redação Bocão News


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O jingle que nasceu em 1989 está causando polêmica hoje. Desta vez, não só como uma música que entrava por osmose e perdura até hoje na mente de quem viveu à época, mas também, surge agora como uma batalha judicial entre compositores e personagens da melodia.
Corre na 1ª Vara Cível de Salvador dois processos em que o cantor Gerônimo e o recém-falecido Zezé Calazans reclamam do DEM e da TV Bahia direitos autorais pelo jingle ACM Meu Amor, considerada uma das mais bonitas peças já inseridas no marketing político do Brasil.
Em nota publicada pelo colunista Levi Vasconcelos, do A Tarde, é dito o xis da questão: Gerônimo afirma que a música é dele de Zezé, os advogados do DEM dizem que é propriedade de ACM.
A música foi composta em 89, por Gerônimo e Vevé. Na época, a dupla recebeu da agência de propaganda Propeg algo em torno de R$ 30 mil. À coluna de Levi, Gerônimo diz: "Vevé comprou uma casa em Itapuã e eu comprei duas casas, uma para cada uma das mulheres que eu tinha".
Ainda de acordo com o cantor e compositor, enquanto ACM era vivo havia um acordo que ele chama de 'cavalheiros'. Mas, após a morte dele, na missa de 30º dia a TV Bahia o contratou para cantar e pagou. 
Em seguida, ACM Neto usou a peça na campanha de 2008 e aí começou a briga com o DEM. No primeiro ano da morte de ACM a TV Bahia também usou, e aí começa a briga com a emissora.
"A lei diz que tais casos o uso vale de seis meses a um ano. E, a partir dái, cada vez que o trabalho for usado, o autor tem direito a 50% do preço original. Está lá escrito. Não fui eu que inventei a lei", disse Gerônimo à coluna do A Tarde.
Gerônimo conta ainda à coluna que quando apresentou a música 'ACM Meu Amor', publicitários reagiram negativamente. "ACM não vai gostar. Com esse negócio de 'meu amor', vão dizer que é coisa de v...". A peça foi mostrada a ACM, que aprovou com louvor. 
O cantor ainda contou que, após a instalação do processo - cuja causa custa R$ 500 mil - a TV Bahia passou a retaliar, Dois casos, na palavra dele: "Na minissérie da Globo, O Brado Retumbante, fiz o papel do senador Olarico Ferrão, cuja mulher, interpretada pela atriz Aline Rosa, tinha um caso com o presidente. Quando a minissérie passou, entrevistaram Aline e me ignoraram. Nem parecia que eu existia."
"Já na quarta-feira de Cinzas, estava fazendo o arrastão com Ivete Sangalo e o cinegrafista da TV Bahia tudo fazia para não me filmar. Coitado, fiquei até com pena dele e dava as costas para ele não me filmar a fim de ajudá-lo. Não quero desempregar ninguém".
Nesse embalo musical e judicial, Gerônimo diz que a questão não é o dinheiro. É o reconhecimento pela autoria do trabalho.

Nota originalmente publicada às 11h

Classificação Indicativa: Livre

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