Banco de areia atrapalha ferries

Para piorar os problemas relacionados ao sistema ferry boat, um banco de areia na entrada do atracadouro, criado por uma corrente marítima em frente ao terminal, tem danificado as embarcações. Quando a maré está baixa, os ferries batem no banco de areia, que tem 50 metros de largura por 30 metros de comprimento, e sofrem danos. Segundo a TWB, empresa que opera o sistema, há o risco de que, por causa disso, alguma embarcação fique sem operar durante as festas de final de ano.

O banco reduziu a profundidade e o espaço de manobra dos ferries durante as marés baixas, que acontecem por duas horas durante os quatro dias de lua cheia e nova. As embarcações, que tem 60 metros de comprimento e 13 de largura, precisam de 180 metros para poder estacionar nas gavetas, mas o espaço diminuiu para 150 metros.

Os usuários já têm enfrentado filas gigantescas e horas de espera, devido à demora na travessia dos ferries de um terminal a outro, imagine agora com mais este problema anunciado. “Vai ser um caos e o risco é real”, disse o responsável técnico da empresa, o engenheiro naval Alexandre Veloso.

Para piorar, os prejuízos com as avarias serão repassados ao usuário com o aumento da tarifa. “O contrato permite que o prejuízo seja compensado com aumento do preço ou financiamento do estado”, explicou Veloso.

Para alinhar fluxos nos períodos onde há maior circulação de pessoas no sistema ferry-boat, nesta terça será feita reunião da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) com a diretoria da TWB. Para tratar do impasse envolvendo o banco de areia no terminal de Bom Despacho, nova reunião deve acontecer ainda esta semana, com o Instituto de Meio Ambiente (IMA).