Um grupo com seis representantes do comando de greve dos fiscais federais agropecuários, ligados ao Ministério da Agricultura, participou da sessão especial sobre o Sistema Público de Assistência Técnica e Extensão Rural na Bahia realizada na tarde desta quinta-feira (9) na Assembleia Legislativa.
Os servidores, em greve desde a segunda-feira (6), reivindicam a reestruturação da carreira, que teve a última mudança em 2009, além da realização de concurso e da criação da Escola Nacional de Fiscais Federais. De acordo com Carlos Luiz Carvalho, é importante que o governo sente para negociar, pois há mais de três anos a pauta está posta e sem avanços. “Foi o último recurso (a greve)”, argumenta.
Sérgio Mariano Cerqueira, também servidor, ressalta que atualmente são 3.2 mil fiscais, cerca de 250 na Bahia, e que para fazer o trabalho de forma plena seriam necessários, nacionalmente, 10 mil. “Isto para garantir que toda a produção vegetal ou animal seja vistoriada”. Os fiscais alertam que a paralisação pode comprometer as exportações, pois o selo deixará de acompanhar os produtos.
Outro manifestante do grupo, Isaac Ferraz, lembra que o mercado interno também depende do trabalho dos fiscais. “Quando a inspeção não é feita, não se tem a garantia. A confiança fica comprometida”. A expectativa dos servidores é que na próxima semana aconteça a esperada reunião entre os representantes da classe e os do governo federal.
Nota originalmente publicada às 18h50 do dia 9