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Pelô: comerciantes e moradores devem R$ 10 milhões ao Ipac

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Dívida é pela falta de pagamento da taxa mensal de concessão pública  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/08/2012, às 07h13   Redação Bocão News



A falta de pagamento da taxa mensal de concessão pública para a ocupação de imóveis criou uma dívida de R$ 10 milhões dos comerciantes e moradores do Pelourinho para com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). As informações foram publicadas no Correio da Bahia neste domingo (19).

O valor é resultado da inadimplência nos últimos 20 anos de 147 dos 235 imóveis de propriedade do órgão localizados no Centro Histórico. A justificativa para o não-pagamento seria a baixa nas vendas dos estabelecimentos comerciais.

“Comerciante nenhum é feliz devendo, isso tumultua sua vida particular inteira. Mas as condições estão difíceis no Pelourinho. Falta mídia positiva, o baiano tem preconceito contra o Centro Histórico, as pessoas não querem vir para cá”. A declaração é de Rita Maria Dorotéia, 58 anos, dona de uma loja de chocolates, ao Correio da Bahia.

A chefe de cozinha Dadá reitera a argumentação da colega. “Eu tinha um comércio que vendia R$ 160 mil e hoje só vende R$ 2 mil. Não tem como pagar as contas. Nem os funcionários dá pra pagar direito”, reclamou a quituteira baiana que mantém o restaurante Sorriso da Dadá na região.

Os ocupantes têm de pagar taxas que variam de R$ 30 e R$ 900 pela concessão. O cálculo é feito pela cobrança de R$ 8 por metro quadrado. O órgão tem recorrido às cobranbças judiciais, após encerrar as possibilidades de negociação.

Os comerciantes reclamam do baixo índice de turistas no lugar e pedem descontos nas dívidas. Com a baixa no movimento, estabelecimentos têm demitido funcionários e alguns estão com água e luz cortadas.

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