Faculdade Olga Mettig é acusada de atrasar salários
Publicado em 05/09/2012, às 11h32 Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)
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Na noite desta terça-feira (4), a equipe do Bocão News foi surpreendida com uma denúncia envolvendo os gestores da Faculdade Olga Mettig, que parece ter atrasado o salário de alguns funcionários há três meses.
Advogado especializado em causas trabalhistas, Edson Nuno, recebeu em seu escritório cerca de 10 funcionários, todos com a mesma queixa: atraso salarial. “São pessoas simples, como bibliotecários e assistentes administrativos, que estão há três meses sem receber salários. Inclusive, eu tenho aqui cópias de cartas desses trabalhadores, solicitando aos proprietários da faculdade que o pagamento dos dias trabalhados fosse depositado”, afirmou.
Tânia Abreu, de 40 anos, foi bibliotecária da instituição por sete anos, mas após a gestão do ex-deputado Severiano Alves (PMDB), que comprou a faculdade Olga Mettig dos antigos donos da Feba (Faculdade de Educação da Bahia), em 2011, a profissional se sentiu obrigada a se demitir. “Os dias trabalhados de janeiro de 2012 só foram pagos em março. O transporte eles davam metade e diziam que nós tínhamos de completar o restante porque eles não tinham dinheiro pra dar. Fui obrigada a pedir demissão, pois eu tenho filho pequeno e a situação só estava piorando”, revelou Tânia, que ainda tem contato com alguns ex-colegas de trabalho que atuam na instituição.
“O pessoal me conta que os professores estão ameaçando suspender as aulas, se o pagamento não entrar”, disse. Severiano Alves também é acusado de não cumprir com os direitos trabalhistas dos profissionais da Olga Mettig. “Ele não assinou a carteira de trabalho de ninguém desde que assumiu a faculdade e ainda desconta 5% do salário do pessoal dizendo que é imposto por prestação de serviço”, afirmou Tânia Abreu.
Em julho, Tânia chegou a enviar uma carta de demissão ao gestor, pedindo inclusive, os pagamentos atrasados.
Perplexo com a gestão do ex-deputado, o advogado Edson Nuno conta que não existe um sistema bancário da instituição. “Eles não têm uma conta bancária para receber os pagamentos das mensalidades dos alunos e repassarem os salários dos trabalhadores. Ou seja, não podemos bloquear os bens da faculdade, porque não existe conta específica. Até o prédio é alugado”, revelou o advogado, que pretende fazer uma denúncia na Procuradoria Geral do Trabalho e na Superintendência Regional do Trabalho.
A reportagem do Bocão News tentou contato com a Faculdade Olga Mettig e com o gestor Severiano Alves, mas não obteve sucesso.
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