Em reunião na manhã desta terça-feira (11) na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) o presidente da TWB, Reinaldo Pinto dos Santos, apresentou o relatório de investimentos e cumprimento de clausulas contratuais da concessionária que é responsável pelo serviço de travessia Salvador-Itaparica. O gestor foi convocado pelos deputados para prestar esclarecimentos e discutir soluções rápidas para melhorias do serviço, que tem sido alvo de críticas e que corre o risco de deixar de ser prestado pela empresa.
O diretor executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, também foi convidado para participar da reunião. Segundo Pessoa a TWB descumpriu diversas clausulas contratuais e a falta de investimentos por parte da empresa no início da concessão trouxe os reflexos negativos atestados pelos usuários hoje. A equipe de reportagem do Bocão News segue acompanhando o evento.
Novela TWB - Uma consultoria encomendada pela Agerba e divulgada no mês de maio deste ano apontou diversas irregularidades no sistema atestando que a empresa deveria fazer investimentos de R$ 64 milhões, em cinco anos, para continuar operando. Essa foi uma das principais recomendações da Fipecafi – Cultura Contábil Atuarial e Financeira, que realizou a consultoria.
A situação da empresa se agravou ainda mais com o parecer do governo do Estado no mês passado, por meio do vice-governador e secretário da Infraestrutura Otto Alencar, que se mostrou insatisfeito com o serviços prestados pela TWB. “O Estado cumpriu com todos os itens de sua responsabilidade, como a recuperação do dolphin (suporte de atracação) de Bom Despacho e remotorização das embarcações. Já a TWB descumpriu o contrato”, afirmou Alencar que solicitou a quebra do contrato.
O vice-governador explicou que, após a anulação do documento, o primeiro passo será a contratação emergencial de uma empresa para operar, por seis meses, a travessia Salvador a Bom Despacho, em Itaparica. Logo depois, a Seinfra vai publicar o edital de licitação para contratar uma nova concessionária para administrar o sistema ferry boat.
Ainda segundo Alencar a TWB deixou de cumprir uma série de itens contratuais, como investimentos na infraestrutura nos terminais de passageiros, recuperação do suporte de atracação do Terminal de São Joaquim, a falta de melhoria na qualidade dos serviços, além de outras medidas operacionais, corporativas e econômico-financeiras.
Matéria originalmente publicada às 11h09 do dia 11/09.Fotos: Roberto Viana // Bocão News
