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TWB nega acusações feitas pela Agerba

Publicado em 25/09/2012, às 10h46   Redação Bocão News - (Twitter: @bocaonews)


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A Agerba, agência que regula os transportes públicos na Bahia, acusou a cocessionária TWB de formação de caixa-dois, sonegação fiscal e remessas irregulares de recursos para a matriz da empresa, localizada em São Paulo (leia aqui). Em razão das informações ventiladas pela Agerba em coletiva à imprensa, com o propósito de divulgar um balanço de supostas irregularidades encontradas nos primeiros dias de intervenção no Sistema Ferry Boat, a TWB enviou nota oficial á imprensa negando as acusações e esclarecendo:


1. Débito de R$ 760 mil em combustível para as embarcações - É uma prática empresarial absolutamente normal comprar insumos com prazo de 30 dias para pagar. Este valor corresponde a 30 dias de abastecimento e, no dia da intervenção, a conta estava em aberto, mas não vencida. A TWB espera, agora, que o interventor, como atual responsável, honre com esses compromissos.


2. Remessas para a TWB S.A - A TWB Bahia, controlada pela TWB S.A, não tem receita suficiente para cobrir todos os custos com a operação do sistema ferry boat, sendo necessário aporte de recursos pela controladora, a quem deve cerca de R$ 8 milhões, conforme o balanço do ano 2011, auditado e publicado. Os R$ 500 mil em questão referem-se à amortização de parte do saldo da controlada para a controladora com o objetivo de quitar parcialmente o débito gerado nestes anos, uma operação normal, corriqueira e legal.


3. Retirada de R$153 mil - Quanto ao valor retirado pela empresa de transporte de valores (R$ 153 mil), seria parte da amortização de dívidas com a controladora, como explicado acima, sendo que foi imediatamente devolvido, com conhecimento dos interventores, assim que a direção da TWB tomou conhecimento do assédio moral que seus funcionários estavam sendo vítima, por parte dos dirigentes da Agerba. Houve inclusive caso de uma funcionária que precisou ser retirada em uma ambulância, após choque diante de ameaças de prisão. Pressão, cobrança e ameaça são expressões recorrentes no depoimento dos trabalhadores da empresa, vítimas do terror psicológico intitulado assédio moral. Uma prática que acumula abuso de poder e manipulação perversa.


4. Quanto à alegação de retiradas “sem destinação especifica”, a direção da TWB atribui a um equívoco dos interventores. Todos os recursos arrecadados durante a operação são totalmente contabilizados, regularmente, tanto isso é verdade que em apenas três dias eles facilmente tomaram conhecimento desses recursos.


5. O estacionamento de veículos no Terminal São Joaquim é um projeto associado legal, formalizado mediante contrato e de conhecimento da Agerba há mais de três anos, que recebe regularmente, inclusive, participação proporcional a título de taxa sobre receita acessória.


6. Ipuaçu - No que diz respeito à frota em operação, a TWB esclarece que o estado de depreciação do ferry boat Ipuaçu seria resolvido mediante compra dos motores e peças pelo Estado, previsto em contrato para 2008. As peças foram entregues no final do ano passado, mas a TWB Bahia já não dispunha de uma área para fazer os serviços, tendo em vista que o poder concedente tirou do contrato o terreno da Ribeira, destinado a serviços navais, para transformar em terminal pesqueiro. Ainda, não repôs um novo local para agilizar e otimizar os reparos. Como única solução, resta o dique da Base Naval de Aratu, espaço bastante disputado e de alto custo (R$ 20 mil/dia), mas que a TWB Bahia já havia reservado para fazer a docagem deste e de outras embarcações no mês que vem. O mesmo compromisso de remotorização de embarcação similar foi honrado pela TWB na data devida (2008), sendo que o Maria Bethânia não só recebeu equipamentos novos, como teve capacidade ampliada para 1.200 passageiros.


7. Quanto à alegação de que foram encontradas peças insuficientes para reposição, assim como motores com falta de peças, a TWB assume que o volume não está dentro do desejado. No entanto, isso é efeito e não causa. É reflexo da premência de recursos de uma concessionária que já está há mais de três anos sem o devido reajuste contratual.


8. Por fim, quanto aos veículos da empresa, a TWB informa que somente três veículos estão disponíveis para a concessionária. Os demais não são de propriedade da TWB Bahia.


Diante do exposto, a TWB reafirma que continua aberta ao diálogo, à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.

Matéria originalmente publicada às 08h31 do dia 25/09.

Classificação Indicativa: Livre

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