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Duda Mendonça curte noite em Salvador longe do 'mensalão'

Imagem Duda Mendonça curte noite em Salvador longe do 'mensalão'
Após ser absolvido, publicitário vai à festa de Revista no Unique  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/10/2012, às 16h28   Caroline Gois (Twitter: @GoisCarol)


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Foto: Stagram / Manno Góes

O publicitário e marqueteiro Duda Mendonça já deixou o 'mensalão' para atrás e circula pela capital baiana como quem vira um capítulo da história e recomeça. Na noite de terça-feira (30), Duda foi flagrado no Lançamento da Revista Let's Go, no espaço Unique, ao lado de Mano Goés, Durval Lelys e Armandinho. Sem refutar diante das câmeras, o ex-réu sorriu e se mostrou aliviado após se livrar da acusação de lavagem de dinheiro no processo do mensalão.
Mas, a comemoração fora antecipada. Um dia depois de ter sido absolvido, as câmeras do Bocão News o flagrou, com exclusividade, almoçando com com amigos no Restaurante Boi Preto, localizado na Orla da capital baiana. Duda Mendonça esbanjava um ar de quem tirou um verdadeiro peso das costas. Trajando roupas leves - um boné, bermuda e sandália, o publicitário responsável pela campanha de Lula em 2002, e a sócia dele, Zilmar Fernandes, foram absolvidos da acusação de lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Com isso, os dois réus foram absolvidos integralmente pelo STF, uma vez que já havia maioria para livrá-los da acusação de evasão de divisas.
O Julgamento


O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello deu o sexto voto pela absolvição. De acordo com o Estadão, para Celso de Mello, decano da corte, não ficou provado que Duda e Zilmar tinham conhecimento da existência de crimes antecedentes relativos aos recursos recebidos no exterior por meio de uma offshore. Ele destacou que os crimes antecedentes listados na denúncia seriam os desvios de recursos no Banco do Brasil e na Câmara e os empréstimos fraudulentos nos bancos Rural e BMG. Estes fatos, porém, ocorreram depois de fevereiro de 2003, quando Duda abriu a conta para receber os recursos.

Os ministros voltaram a debater sobre o tema. O relator, Joaquim Barbosa, afirmou que o crime antecedente seria a evasão de divisas feita em cada remessa. Ele disse ainda que somente depois do escândalo se descobriu que a conta era de Duda. Os advogados de Duda e Zilmar, Antonio Carlos de Almeida Castro e Luciano Feldens, chegaram a usar a tribuna para esclarecer algumas questões. Almeida Castro observou que Duda entregou seu passaporte na abertura da conta, enquanto Feldens afirmou que não houve denúncia sobre a evasão de divisas como crime antecedente.
Celso de Mello considerou culpados por evasão de divisas Marcos Valério, seu ex-sócio Ramon Hollerbach, a ex-diretora da agência Simone Vasconcelos, a ex-presidente do Rural Kátia Rabelo e o ex-vice José Roberto Salgado. Votou ainda pela absolvição do outro sócio de Valério, Cristiano Paz, da ex-funcionária da agência Geiza Dias e do ex-diretor do Rural Vinicius Samarane.

Foto: Gilberto Junior // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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