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Cliente alega água sanitária na comida. Gerente: "ele destruiu a prova"

Imagem Cliente alega água sanitária na comida. Gerente: "ele destruiu a prova&quot
Nutricionista afirma que havia produto químico na salada  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/12/2012, às 17h01   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



Sal e Brasa, 21h40 de sábado (8) à noite, dentro do Shopping Salvador Norte. O nutricionista Murilo Magalhães foi com a mãe e a esposa jantar - como, segundo ele, costuma fazer nos finais de semana, já sendo cliente assíduo do local. "Pedi um dos pratos promocionais, que custa R$ 14.90. Frango, arroz, salada e batata frita. Minha mãe pediu o mesmo e minha esposa preferiu comer um sanduíche em outro local", relatou Murilo, que também é preparador físico.

Segundo ele, ao ingerir a salada, um forte cheiro de água sanitária e "um vapor veio ao meu rosto. Meus olhos arderam e minha língua começou a coçar. Minha mãe sentiu o mesmo e, até minha esposa, que não estava comendo isso sentiu o forte cheiro. Parecia que tinha alguém limpando o shopping ao meu lado. Foi muito forte mesmo", contou ao Bocão News.

Murilo revelou que chegou a dar algumas garfadas, mas, ao perceber que havia algo errado com o alimento, "fui até o balcão e perguntei quem era responspável por aquilo. Ninguém me recebeu ou me deu satisfação. Confesso que quebrei o prato porque fiquei nervoso já que ninguém - nenhum gerente ou responsável, se preocupou em me atender e resolver o problema", afirmou o denunciante . Murilo disse ainda que apenas seguranças do shopping se aproximaram e que "não me tocaram, não me trataram mal. Perguntaram o que estava acontecendo e eu expliquei. Mas, ninguém do Sal e Brasa veio falar comigo", disse.

A mãe do nutricionista, uma senhora de 61 anos, passou mal com o susto, segundo relatou Murilo, e também ficou com a língua coçando e irritada, sendo encaminhada para um hospital da capital. "Ela já está bem e eu também. Fico preocupado caso isso venha acontecer com uma criança ou com alguém que não tenha tanta sensibilidade para degustação e possa ingerir uma quantidade maior do produto, passando mal depois. Isso não deve mais acontecer", afirmou, registrando que o Sal e Brasa devolveu a ele os R$ 14.90. "Peguei meu dinheiro de volta depois que exigi. Agora, vou abrir denúncia junto à Vigilância Sanitária e talvez entre na Justiça. Foi um absurdo ninguém do restaurante se preocupar com a situação. Chamei os funcionários e pedi para que experimentassem a comida, para que cheirassem, e nada", contou.

Para Murilo, há duas possibilidades para que a água sanitária tenha parado na comida. "Ou é algum funcionário querendo fazer algo com o patrão ou alguém pegou a salada e colocou em um recipiente de cloro ou outra substância para matar bactérias e, na correria - já que estava perto do fechamento do shopping  - esqueceu de lavar e tirou do jeito que estava", concluiu.



O outro lado

Já em contato com o Sal e Brasa, o gerente responsável pela loja explicou que no momento do ocorrido estava de folga - "já que não tenho como ficar ao mesmo tempo nas três lojas da qual sou responsável. Mas, os funcionários me disseram o que aconteceu, bem como as imagens e fotos da segurança do shopping deixam claro que entre o que ele (o cliente) fala e o que ele fez  - ele mesmo se contradiz. As câmeras do shopping podem mostrar isso. A versão contada pelos funcionários e pelos seguranças explicam que ele destruiu a prova. A menina que estava na hora em meu lugar tentou argumentar e nem sequer foi ouvida", contou o responsável Oseias Ruviaro, em entrevista ao Bocão News.

Segundo o gerente do Sal e Brasa, "como nutricionista, ele sabe que não se usa água sanitária e sim, um produto legalizado que lava as folhas. Sábado tem um movimento tão bom no restaurante e no fim da noite e, apenas com ele aconteceu isso. Erros acontecem em qualquer lugar. Se ele fosse educado não sairia do meio da praça de alimentação gritando. Ele viria chamar alguém do restaurante responsável, conversaria e questionaria: / tem como trocar a salada? Ele fez o contrário. Gritou do meio da praça e chamou a atenção dos seguranças. Ele perdeu todo o direito quando pegou o prato e quebrou. Lançou o prato contra o balcão. Agora, não tenho como levar para análise e verificar o que havia de errado com o alimento", ressaltou.

De acordo com Ruviaro, a pessoa que higieniza as folhas é a mesma , "que tem o cuidado em fazer isso e a própria vigilância cobra. Esta pessoa tem cursos de boas práticas e boas maneiras. Vai ver o cliente estava com algum problema para agir como agiu. Vou esperar ele nos procurar para pedir desculpa porque destruiu um material do estabelecimento. Em contrapartida, pediria desculpas a ele e tentaria resolver a situação. Mas, como vou fazer isso se não há provas? Isso nunca havia acontecido antes com o Sal e Brasa", afirmou o gerente.

Matéria originalmente publicada às 10h41 do dia 10/12.

Classificação Indicativa: Livre

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