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Baixa dos Sapateiros: famílias reocupam prédio

Publicado em 26/12/2010, às 11h28   Redação Bocão News



No final da tarde de ontem (25), a Defesa Civil de Salvador (Codesal) liberou dois dos quatro andares do prédio que foi incendiado no início da manhã na Baixa dos Sapateiros para serem ocupados pelos cerca de 130 moradores do Movimento Sem Teto que ocupam o imóvel.

O engenheiro da Codesal José Carlos Palma informou que o prédio não tem risco de desabar. Marimar Coutinho, líder dos moradores, disse que  as famílias vão procurar outro prédio e disse que a prefeitura não ofereceu auxílio aos desabrigados. A Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão afirmou que não foi procurada pelos moradores.  

No incêndio, que durou cerca de uma hora e meia até ser contido pelo Corpo de Bombeiros, pelo menos quatro pessoas foram hospitalizadas por intoxição pela fumaça do incêndio, na Baixa dos Sapateiros.

Segundo o Hospital Geral do Estado, um menino foi atendido e liberado, enquanto Jaqueline Santos, 49, seguia internada até as 18h30 de ontem. No tumulto da desocupação do prédio, um casal foi levado à 1ª Delegacia, Barris, acusado de desacato à polícia. Eles foram liberados após prestar depoimentos. O incêndio também fez com que a luz da região fosse cortada por duas horas.

Incendiário - O principal suspeito de ter ateado fogo no prédio, um homem identificado somente como "Vado", continua foragido, segundo informações do 18º Batalhão de Polícia Militar.

Morador de rua, Vado teria iniciado o incêndio após brigar com sua companheira Janete, que vivia no prédio - ocupado há seis meses por integrantes do Movimento dos Sem Seto de Salvador.

Com ciúmes, Vado teria colocado fogo no quarto onde dormia Janete e depois fugiu. Os bombeiros ainda não identificaram o objeto que Vado teria usado para iniciar o incêndio.

De acordo com o 18º BPM, ele chegou a retornar ao local durante a tarde, mas quase foi linchado pela população e conseguiu fugir em uma moto. Janete também sofreu uma tentativa de linchamento, segundo o 18º BPM, que foi controlada pelos próprios moradores.

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