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População de rua aumenta 40% no mês de dezembro em Salvador

Imagem População de rua aumenta 40% no mês de dezembro em Salvador
São 3.289 pessoas sem residência. A maioria são pedintes que aproveitam os festejos de fim de ano. Saiba  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/12/2012, às 14h52   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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De acordo com dados do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e da prefeitura, a população de rua em Salvador cresceu 40% no mês de dezembro. De acordo com a presidente do MNPR, Maria Lúcia Pereira, a maioria vem de outras cidades.

“São pessoas que vão para as ruas em busca de apoio. Também começam a chegar pessoas de outras cidades e do interior por conta do Carnaval e festas de largo”, explicou em entrevista para o jornal Correio.
Ainda segundo ela, os locais mais procurados em Salvador são o Centro, Comércio, Largo dos Mares, Roma e Aquidabã.

“São os pontos onde mais ocorrem doações. A maioria dessas pessoas é mulher porque elas querem um natalzinho melhor. Há também um grande número de crianças”, diz.

De acordo com o último relatório do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), elaborado em 2008 pela Pesquisa Nacional sobre População de Rua e ainda usado hoje pela prefeitura de Salvador, há um público de 3.289 pessoas nas ruas da capital baiana.

A presidente do MNPR salienta que a contagem da população de rua não leva em conta o período entre dezembro e março. “Tudo por conta dessas festas. Tem gente que fica para catar latinha, ser flanelinha, mas não é morador. Estão em situação de rua”, ponderou.

Trabalho ilegal

Mas, nem sempre a realidade dos que moram na rua é ser pedinte. Para Marcelo Abreu, secretário de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp), o resultado dessa imigração de pessoas acarreta no acúmulo de trabalho ilegal na cidade. “Salvador tem sofrido imigração por conta da seca e muitas pessoas têm vindo matar a fome aqui, na cidade, aumentando o número de vendedores ambulantes. Nós temos trabalhado intensamente nisso, mas não podemos esquecer os problemas econômicos do país e a situação de desemprego”, explicou ao Bocão News. Leia mais.

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