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Baiana está entre as vítimas da tragédia no Rio

Imagem Baiana está entre as vítimas da tragédia no Rio
Chuva na Região Serrana é maior tragédia climática da história do país. Número de mortos já passa de 500  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 14/01/2011, às 07h06   Redação Bocão News


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A baiana Sueli Nascimento de Oliveira está entre as vítimas do maior desastre natural da história do País e um dos dez maiores deslizamentos do mundo registrados desde 1900. A jovem, de 25 anos, de Caravelas, no sul da Bahia, morreu na cidade de Itaipava, na zona serrana do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12), em um soterramento de um sítio.

Sueli trabalhava como babá na casa de uma família que também morreu na tragédia. A jovem baiana era babá de João Gabriel, 2 anos, filho da estilista Daniela Connolly, 39 anos, e de Alexandre Franca. Os dois estavam com mais 15 pessoas hospedadas em uma casa para comemorar o aniversário do pai de Connolly, Armando. Entre as vítimas, ainda estavam a mãe da estilista e três sobrinhos com menos de 10 anos.

Segundo o portal Teixeira News, a jovem se mudou para o Rio de Janeiro há pouco mais de um ano para trabalhar. O corpo da jovem foi levado para Porto Seguro de avião e o enterro será amanhã em Caravelas.
Até as 23h45 desta quinta-feira (14) as prefeituras contabilizavam 510 mortos em cinco municípios fluminenses: Teresópolis (223), Nova Friburgo (225), Sumidouro (19), Petrópolis (39) e São José do Vale do Rio Preto (4).


No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Em SP, durante o primeiro trimestte de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes.As chuvas no Rio de Janeiro já deixaram 470 vítimas de enchentes e deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. A tragédia é o maior desastre natural do país em toda a história em número de mortos
Já o número de pessoas que estão fora de casa nas cidades castigadas pela chuva chega próximo aos 13 mil, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira pela Defesa Civil estadual. São ao menos 7.780 desalojados (na casa de parentes ou amigos) e outros 6.050 que estão desabrigados (em abrigos do governo).

Há 3.600 desalojados e outros 2.800 desabrigados em Petrópolis; 960 desalojados e 1.280 desabrigados em Teresópolis; e 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados em Nova Friburgo.

São José - Cerca de 20 mil moradores da cidade de São José do Vale do Rio Preto estão isolados. A afirmação é do deputado estadual Nilton Salomão (PT), que tenta acessar o município, localizado a 40 quilômetros de Teresópolis e mais de 72 km de Petrópolis. As imagens de uma mulher resgatada por uma corda vizinhos puxada por vizinhos foram registradas nesta cidade.

Sumidouro - As vítimas de Sumidouro eram moradores dos distritos de Campinas e Vila Dona Mariana, na zona rural. Os bombeiros estão tendo dificuldade de acessar a área, por isso não há exatidão quanto à quantidade de mortos e de desalojados. Na cidade, como nas vizinhas, começou a chover na segunda-feira. Uma tromba d'água teria descido da área de Vila Dona Mariana, segundo moradores contaram, e subido o nível do Rio Paquequer, afluente do Paraíba do Sul e o principal de Sumidouro. A 175 quilômetros da capital e com cerca de 15 mil habitantes, a cidade é vizinha de Nova Friburgo e de Teresópolis e tem a maior cachoeira do Estado, que atrai muitos turistas.

Teresópolis - Até agora, Teresópolis foi o município que registrou o maior número de mortes. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que mais de 2 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. 'É a maior catástrofe da história do município', declarou o prefeito Jorge Mário Sedlacek. Segundo a Defesa Civil, 17 bairros foram atingidos por enchentes e deslizamentos. A área mais afetada foi a periferia da cidade, nas regiões conhecidas como Caleme, Poço dos Peixes, Posse e Granja Florestal.

Nova Friburgo - No município de Nova Friburgo, três bombeiros que tentavam resgatar moradores de um prédio que havia desabado foram soterrados. A cidade ficou praticamente sem comunicação durante todo o dia de quarta-feira, com linhas de telefonia fixa danificadas e sistema precário de telefonia celular. Uma encosta do município desmoronou e a lama invadiu a Igreja de Santo Antônio. O teleférico de Nova Friburgo, um dos pontos turísticos da cidade, também foi tomado pela terra.

Petrópolis - Em Petrópolis, a região mais atingida foi o Vale do Cuiabá, no distrito de Itaipava. Condomínios de classe média-alta, pequenas casas e pousadas foram invadidos rapidamente pela água dos rios Santo Antônio e Cuiabá, que subiram até 4 metros acima do nível normal. Nesta região, só em um sítio, 14 pessoas morreram. A força da enxurrada derrubou construções e, segundo a prefeitura, o número de vítimas pode passar de 40 apenas no Vale do Cuiabá.


Informações do G1 e Estadão

Fotos: AFP

Classificação Indicativa: Livre

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