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Médicos protestam em frente à Prefeitura de Salvador

Imagem Médicos protestam em frente à Prefeitura de Salvador
Profissionais que prestam serviço no Samu seguem com os braços cruzados  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/05/2013, às 13h06   Alessandro Isabel (Twitter @alesandroisabel)


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Em greve desde o último dia 14, os médicos reguladores e intervencionistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prometem promover manifestação na manhã desta terça-feira (21) em frente à Prefeitura, na Praça Municipal, em Salvador.

De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Francisco Magalhães, o objetivo é chamar a atenção do prefeito ACM Neto (DEM) e dos gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para o que ele avalia como “descaso” da administração para com a saúde dos soteropolitanos.

A greve dos médicos do Samu foi mantida na assembleia da última quinta-feira (16), quando a categoria voltou a avaliar as propostas da SMS, concluindo que “não há seriedade na forma com que a gestão municipal vem tratando os problemas do Samu, nem a necessária valorização do trabalho médico prestado à população”, avalia Magalhães.

“A greve dos médicos é um recurso extremo, mas necessário, diante do posicionamento do secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, que não se mostra sensível às reivindicações dos médicos. As propostas apresentadas pelo secretário estão muito abaixo das necessidades dos profissionais do Samu que, além dos baixos salários que recebem, ainda enfrentam condições precárias de trabalho no cotidiano”, concluiu.

A categoria pede a implantação da isonomia salarial entre todos os vínculos médicos, majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o vencimento básico, além de soluções para as “precárias condições de trabalho, os salários defasados e a insuficiência do número de profissionais no atendimento à população”.

A SMS emitiu nota sobre as negociações com a categoria

A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que tem atendido o SAMU como uma categoria diferenciada, pela especificidade das atividades e pelo acúmulo de problemas envolvendo o serviço, como a defasagem salarial dos médicos e infraestrutura precária.

Desde o início, houve uma sensibilidade grande por parte da administração em promover melhorias que vão desde a reforma dos equipamentos de trabalho à revisão dos salários. Neste último quesito, após quatro rodadas de negociações, foi proposto dobrar o pagamento da gratificação aos médicos, resultando em uma remuneração acima da média nacional.

É importante salientar que antes mesmo de se falar em paralisação foram identificadas pendências em relação pagamento da insalubridade, à qual a categoria tinha direito. Isso foi providenciado e está sendo pago de forma retroativa.

Todo esse conjunto de medidas mostra o respeito e a valorização pelos profissionais do SAMU, mas ratificamos a necessidade de que as discussões sejam conduzidas de forma a encontrar uma solução equilibrada e sustentável.

Nota originalmente postada às 8h do dia 21

Classificação Indicativa: Livre

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